Capítulo XXI - O Demônio vermelho ataca

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Quando Matheus e Amanda saíram de perto do prédio de Simon não notaram que a comitiva chegava. Os dois carros luxuosos guardavam entre si o imenso caminhão negro e blindado. Estacionaram diante do prédio aguardando algo ou alguém.

"Deve ser isso que o tal Simon esperava". Deduziu o detetive Thomas que vigiava tudo de seu carro do outro lado da rua.

"E daí? Pode ser alguma antiguidade, assim toda a sua cisma cai por terra". Comentou Nicolas com um cigarro apagado na boca.

"Pode ser..." Respondeu Thomas ainda mantendo o olhar de caçador.

Enquanto isso Daniel subia tranquilamente no elevador até Simon, mas sua cabeça estava em outro lugar. Será que está rolando algo entre Amanda e Matheus? Ele se perguntava. Ela é linda e tão encantadora, até eu estou a fim dela... Mas o Matheus é um cara legal, então está tudo bem... Mas... Bem que poderia ser eu... Murmurava Daniel quando a porta se abriu diante do escritório de Simon.

"Simon? Está aí? Sou eu, Daniel, temos que conversar..."

Daniel adentrava pelo escritório escuro. A única luz no ambiente vinha de fora, dos prédios vizinhos. Daniel estranhou, O recepcionista havia avisado de sua chegada, então onde estaria Simon?

"Nada para conversar anjo!" Gritou Simon saindo da escuridão e atacando Daniel com o cabo da espada em seu estômago.

"Simon!" Daniel engasgou, a pancada foi atordoante. Ergueu a mão até o terno branco de Simon e tentou falar, mas a dor não permitiu.

"Ninguém vai me impedir!" Gritou o precipitado Simon enquanto sua mão caía sobre a cabeça de Daniel como uma marreta levando-o ao estado de inconsciência.

Os olhos de Simon brilhavam determinados. Ele guardou a espada na bainha que ficava amarrada em sua cintura e olhou na direção da escuridão de seu escritório.

"Venha meu amor, meus irmãos estão aguardando". Disse ele estendendo a mão para a escuridão.

"Tem certeza que era necessário?" Perguntou Dalila dando a mão a Simon.

"Sim. Ele veio me impedir, com certeza, mas está bem. Terá no máximo uma dor de cabeça quando acordar... Venha..."

"Sim..."

Do lado de fora, os homens de terno branco saíam dos carros luxuosos. Eram quatro em cada carro e mais dois que permaneciam no caminhão. Simon surgiu na entrada do prédio de mãos dadas com a bela Dalila.

"Irmão Simon, saudações. Iamos entrar, mas o caminhão não passa na entrada de seu prédio". Disse o homem com rabo de cavalo.

"Não há problema Sebastian, abra o caminhão". Disse Simon caminhando com pressa até a traseira do grande veículo.

"Quer fazer isso aqui mesmo?"

"O quanto mais rápido melhor, além do mais o caminhão é grande o suficiente. Ninguém notará o que acontecer em seu interior". Disse Simon que estava com tanta pressa que Dalila tinha que correr para acompanhar seus passos.

"Entendo, assim podemos devolver a "Esmeralda de Rafael" o mais rápido possível sem chamar atenção da ordem". Disse Sebastian.

"Sim, só vocês sabem certo?" Perguntou Simon com certa preocupação.

"Seu pai foi muito claro..."

"Ótimo, vamos acabar logo com isso. Disse Simon com certa estranheza. "Se ninguém mais sabia... O jovem Daniel então não foi enviado para me deter", pensou. Mas não era hora de pensar naquilo. Diante dele estava a chave para uma nova vida, uma vida ao lado de seu amor, a jovem e bela Dalila.

Entre o céu e o inferno - A gênese do fimWhere stories live. Discover now