Capítulo 14. 🌲🔥🌲

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SENTIA MEU CORPO AINDA FEBRIL, ARREPIADO, MAS A SENSAÇÃO LOGO SE ESVAIU

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SENTIA MEU CORPO AINDA FEBRIL, ARREPIADO, MAS A SENSAÇÃO LOGO SE ESVAIU. A luz dourada que antes irradiava das minhas veias ainda estava desaparecendo quando olhei para minhas mãos. Eu estava no meio de uma clareira e conhecia bem aquela região. Já havia estado ali muitas vezes na minha infância. Meu vestido que antes estava completamente rasgado nas costas, estava costurado. Imaginei as cicatrizes que restaram na minha pele assim como aquelas diversas costuras. Um cervo grande e de pelagem castanha-dourada estava parado não muito longe. Sua respiração era pausada e seus olhos estavam fixos em mim. Quando levantei, o animal se lançou por entre os arbustos desaparecendo por completo. Ainda era muito cedo. O sol ainda não aparecia por completo. Mas se eu demorasse um pouco mais, seria vista com aquela aparência e pelos meus pais. Corri pela floresta, desviando das árvores e saltando raízes, arbustos e rochas. Meu corpo sentia falta daquela sensação. Meu cabelo estava solto e eu podia senti-lo dançando conforme cortávamos o vento. De repente vi novamente a visão anterior causada por aquela bebida que a Tecedeira me fizera ingerir. As árvores estavam em chamas novamente, mas descobri que era apenas resquícios do que eu já vira quando tropecei em e caí. Levantei e segui o caminho saindo da floresta não muito depois. Olhei para trás algumas vezes e depois não mais. Os homens que vigiavam durante a noite não estavam mais em seus lugares, mas seria muito provável que outros viessem em pouco tempo para assumir o posto durante o dia.

Como eu imaginara, o vilarejo ainda dormia e isso me trouxe a oportunidade de continuar minha corrida pelas ruas sem medo. Meus pés eram feridos pelas pedras em alguns pontos, mas não desisti. Me vi obrigada a parar apenas quando ouvi uma voz dizer meu nome. Meu corpo parecia estar tomado pela energia dourada da visão.

— Srta. Morven!

—  Padre Jiuse — isso não poderia terminar pior, mas tentei agir com uma naturalidade, que obviamente estava dando errado. Me virei para poder vê-lo e impedir que as costuras nas costas do meu vestido fossem vistas.

— Um pouco cedo demais para jovens como você estarem acordadas, não acha? — ele estava com um olhar inspetor sobre mim. Eu sabia que ele já havia visto as marcas e diante das circunstâncias, aquilo não era bom para mim. Observei-o da mesma forma, sem desviar o olhar. Ele usava por cima da batina, uma capa negra e longa, suja de lama na barra.

— Creio que para o senhor também, padre. Mas, como filha de um homem que cuida da terra, sou acostumada a acordar antes mesmo das galinhas.

— Gosto de realizar passeios matutinos ainda quando tudo está em pleno silêncio — ele percebendo meu olhar para a barra suja da sua capa, tentou escondê-la. — Fique sempre atenta, srta. Morven, pois os olhos de Deus estão sobre você e sua justiça se derrama no tempo certo. Deus é piedoso, e sua mão é justa sobre os homens.

— Então eu diria que seus olhos onipresentes e sua mão justa também está sobre o senhor. Afinal, somos todos filhos iguais perante Deus e sua justiça é para todos.

Além da Floresta | Versão Wattys 2020Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum