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{Quenya}
Aiya
Saudação/Olá

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(Capítulo revisado)

Legolas teve seu descanso interrompido pelo barulho assustador de galhos quebrando vindos da sua direita. Imediatamente ele se levantou erguendo seu arco, a flecha aguardando seu alvo.

Então Radagast saiu de entre as árvores, seus coelhos agitados vinham atrás com o treno virado de ponta cabeça.

- Como vai Alteza? - O castanho perguntou endireitando a coluna, a qual deu vários estralos.

- Eu vou bem, mas você parece não poder dizer o mesmo! - Legolas disse abaixando seu arco enquanto observando o mago fazer força para desvirar seu treno.

Radagast riu humorado - Eu estou ótimo, isso foi apenas um erro de percurso, nada demais.

- E o que você faz tão longe de casa?
Radagast por fim conseguiu desvirar o treno - Ha, estou indo rever um velho amigo, - Ele disse aproximando-se do príncipe -,e você? Enjoou da floresta?

- Saí para dar uma respirada.
- Hum...discutiu com o rei de novo, qual o motivo dessa vez?

- Ada/pai arranjou me um casamento, e bem, ele não quer saber minha opinião a respeito. Discutimos, depois fui parar nas masmorras.

- Ele te prendeu? - Radagast estava surpreso - Bem não vou me meter na relação de você e seu pai, mas saiba, Thranduil é complicado, o passado da guerra o assombra.

- Eu sei, eu só preciso de um tempo.
- Certo, só não duvide do amor dele.
- Amor. A definição dele de amor é bem distorcida. Sempre afastando quem se importa com ele.

- De tempo ao tempo.
- Será que terei que passar a eternidade assim?

Radagast colocou a mão sobre o ombro Legolas confortando-o dizendo que sua vida, sua história, tinha um propósito muito nobre pela frente.

- Vá para os Portos Cinzentos, procure Cirdan e converse com ele. Ele lhe dará bons conselhos.

Legolas concordou - Se meu ada/pai o procurar...

Radagast o interrompeu com sua risada alegre - Já sei, não o vi, certo?
Legolas acentiu com o olhar.

Logo Radagast se ajeitou sobre o treno e partiu. Pensando consigo ele concluiu que devia se apressar até Gandalf e sabia também que seria bom evitar Thranduil, ainda mais agora que ele havia mandado seu filho para os Portos Cinzentos.

- Vamos para Valfenda e quem sabe Gandalf esteja por lá - Ele disse aos coelhos que já corriam longe - Que Thranduil não se zange comigo ou minha cabeça estará a prêmio.

Legolas adentrou a mata ainda pensando se era uma boa ideia seguir os conselhos daquele velho mago, mas logo resolveu aceitar o conselho e ir em frente, afinal ele era seu amigo não lhe mandaria para um barco furado.

Como se sentia livre, Legolas era um ser da natureza. Em meio as árvores e os pássaros, aquela vasta vida selvagem.

Logo pediu que Arfon diminuísse sua passada pois agora estavam longe o suficiente das vistas do rei. E Legolas sabia que seu pai já havia mandado batedores a sua procura, ficou com semblante triste com a certeza que seu pai o odiaria ainda mais.

Logo a noite caiu escura e gelada então resolveu procurar abrigo e se alimentar das maçãs que havia colhido mais cedo, visto que saiu fugido.

Depois dormiu aconchegado dentro de uma velha árvore oca; olhando as estrelas e desejando algo melhor, ansiando por felicidade.

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