XIX

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𝗔 𝗱𝗲𝗺𝗼𝗻, 𝗻𝗼𝘁 𝗮 𝗺𝗼𝘁𝗵𝗲𝗿

𝗔 𝗱𝗲𝗺𝗼𝗻, 𝗻𝗼𝘁 𝗮 𝗺𝗼𝘁𝗵𝗲𝗿

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𝐁𝐚𝐤𝐮𝐠𝐨:
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— E então? 'Pra onde vamos? — me pergunta.

Parei para pensar em onde poderia a levar. Aquela loja de doces estava fora de cogitação e o parque também. Hm… tem um fliperama aqui por perto. Suspiro, parece que essa era a única opção.

Inferno de cidade.

— Eu guio. — respondo e a outra logo andava ao meu lado.

— Bakugo… — me chama, parecia hesitante.

Lá vêm merda.

— Fala. — respondo, ainda olhando para frente.

— Você lembra da Haru? — pergunta e a olho.

Lembrar da primavera? Que caralhos de pergunta idiota é essa?

— Primavera?

Ela concorda com a cabeça e logo abre a boca para falar:

— Você sabe, a garota daquele dia dos doces.

Ah, aquela primevera…

— A pirralha que se separou da mãe. — afirmo.

— Essa mesmo. — fez sinal de aprovação — Por um segundo achei que você não lembrava das pessoas que salva. Imagina só que tipo de herói você seria. — me deu um leve empurrão com o ombro e soltou uma risada.

— Um herói foda. — digo, não me deixando levar pela provocação.

— Mas com alzheimer. — refuta.

— Mas foda. — acrescento.

— Você sequer lembraria das pessoas que salvou. — apontou como se fosse algo importante.

— E por que eu preciso lembrar de quem eu salvo? — levantei uma sobrancelha — Só salvá-las não é o bastante? — terminei. Parece idiota a ideia de que eu tenha que lembrar o rosto de todos que eu salve.

— Err… — sua voz foi sumindo aos poucos — Faz sentido. — deu de ombros.

— Eu falei, porra. — sorri orgulhoso, havia vencido.

— Deixando isso e os palavrões de lado. — mexeu a mão como se espantasse o assunto. Revirei os olhos com o comentário.

Como é que era a música mesmo? "Foi mal, hein, esqueci que não pode xingar… Nessa porra, nesse caralho, nessa buceta!"

— Ei! — estalou os dedos em frente aos meu olhos, fazendo eu recuar a cabeça levemente — Foco.

— Puta que me pariu, viu. — reclamo para mim mesmo, sabendo que a estranha ignoraria mesmo tendo ouvido.

𝐂𝐚𝐫𝐚𝐦𝐞𝐥 𝐁𝐨𝐲| 𝓚. 𝓑𝓪𝓴𝓾𝓰𝓸Where stories live. Discover now