XVI

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𝗖𝗼𝗻𝗳𝗼𝗿𝘁 𝘁𝗼𝘂𝗰𝗵

𝗖𝗼𝗻𝗳𝗼𝗿𝘁 𝘁𝗼𝘂𝗰𝗵

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Quando saímos de onde estávamos e começamos a andar, ainda me via na necessidade de estar perto do Bakugo. Ele quase morreu, quer dizer, não tenho certeza, mas poderia. Enquanto eu comia, brincava com os cachorros e conversava com Tomika, ele lutava contra vilões.

Caminhávamos em silêncio, como sempre, tudo que eu queria era me jogar em cima dele de novo e abraçá-lo, mas sabia que não podia. Olhei para suas mãos, estavam no bolso no calça, seria bom poder segurar sua mão.

— Fala logo.

Bakugo diz, me tirando de meus pensamentos. O encaro confusa, não tinha dito nada, não que eu saiba.

— Você tá segurando meu braço já tem um tempo, o que você quer? — olha para o braço. Copio sua ação, vendo que realmente, minha mão estava em seu braço.

Sinto minhas bochechas esquentarem, havia segurado seu braço sem perceber. Retirei minha mão de seu braço rapidamente e respirei fundo, tomando coragem. Receosamente, estiquei minha mão em sua direção, ele ainda me encarava em silêncio.

— O que? — pergunta, encarando minha mão.

Desvio o olhar, agradecendo mentalmente por não ter corado mais ainda.

— Sua mão… — minha voz saiu em um sussurro tão baixo, que até eu mal pude ouvir.

— Hã? Abre a merda da boca 'pra falar, garota. — resmunga.

— Sua mão! — exclamei, fechando os olhos em nervosismo.

— Hã?

Abri os olhos lentamente, o vendo encarar minha mão estendida em sua direção.

Meu Deus, eu quero morrer.

— Tsk. — virou o rosto, começando a andar.

Continuei parada, o olhando enquanto ele começava a andar, abaixei a cabeça cabisbaixa.

— 'Tá esperando o que? Vamos logo.

Levantei meu olhar, o vendo parado a poucos passos de distância com a mão estendida. Abri um sorriso animado para então correr até ele, pegando sua mão.

— Então quer dizer que minha mão vai cheirar a caramelo? — brinquei e começamos a andar.

— Se for um problema eu posso explodir ela. — responde, sua voz carregava um pouco de raiva.

O assunto do cheiro de caramelo realmente afeta ele…

— Você está bem? — mudei de assunto, o examinando de cima a baixo.

— É claro que sim. Quem você acha que eu sou? A porra de um extra? — revira os olhos.

— Desculpa, por um segundo esqueci que você é o personagem principal. — disse, sarcástica.

— Exatamente, e personagens principais não morrem tão facilmente. — fala, ignorando meu sarcasmo.

— Fala sério, morrer após uma liga de vilões atacarem? É um final digno de protagonista, morrer lutando conta o mal. — protesto.

Não queria sequer imaginar a cena, mas a ideia de ir contra o Garoto Caramelo só para irritá-lo não me parecia tão ruim.

— Ele sequer atingiu a merda do objetivo, e também não mostrou para todos que ele era o melhor.

— Quem disse que todos precisam saber? — indago — Eu já sei. — acrescendo, divertida.

Espero sua resposta, mas nada. Estranho o silêncio, então me viro para o ver. Seu resto estava virado, mas pude ver uma pequena vermelhidão em sua orelha, dei um pequeno sorriso.

Ele corou. Fofo.

— E então? Não vai falar como você chutou a bunda de todo mundo? — perguntei divertida, mudando de assunto.

De efeito imediato, ele se vira de volta para mim, um sorriso orgulhoso e confiante estampado no rosto. Senti um pequeno arrepio na nuca, esse sorriso…

Isso é jogar sujo, Bakugo.

Cheio de si, Bakugo começou a narrar toda a luta. Foi difícil de entender algumas partes, ele não chamava ninguém por seu nome, dava apelidos para todos. Pelo o que pude perceber, o "cabelo de merda" era seu amigo, o "Deku" estava lá e o "meio a meio" era alguém que ele não gostava. Sinceramente, de tudo que ele falou, isso foi o único que consegui entender.

Seu professor, o único que ele chamou pelo nome, Aizawa-sensei, ele parecia se importar. Acho que não queria que ninguém soubesse, mas no fundo, bem no fundo, quase no núcleo, ele se importa.

— Então… uma liga de vilões querendo matar o All Might com um ser… — tentei lembrar da palavra.

— Biogenético. — completa — Um ser criado cientificamente com multiplos quirks e capacidade de absorção de impacto. Sua força foi algo capaz de de bater de frente com All Might, mesmo que tenha perdido depois. Sua capacidade de absorção de impacto faz com que ataques não surjam efeito, pelo menos não algo notável. — começou a explicar calmamente.

O encarei surpresa, o Garoto Caramelo é esperto?! Espera, espera, espera, o que foi que eu perdi? Ele parecia tão concentrado enquanto falava, como se analisasse algo mas, ao mesmo tempo, explicava.

— E 'tá tudo bem você sair por aí contando? Quer dizer, isso não parece algo que você pode sair com aí contando. — disse, insegura.

— Foda-se. — respondeu simplesmente.

Olhei levemente surpresa para ele, mas logo lembrei que era do Garoto Caramelo de quem estávamos falando então… faz sentido.

— Os abutres fofoqueiros vão falar de qualquer jeito, então que se foda essa merda de segredo. — deu de ombros.

— Sem comentários. — neguei levemente com a cabeça, com um sorriso de canto.

Vi Bakugo abrir a boca para falar algo, mas ao invés de escutar sua voz, outra de sobrepôs:

— Bakubro!

Curiosidades:

– Eu demorei pra postar esse capítulo porque eu não fazia a mínima ideia do que fazer com ele.

– Como eu não sabia o que fazer, o capítulo ficou mais curto.

– Cês tem noção do quão difícil é escrever um capítulo que você nem sabe o que quer? Mds gnt, sofri.

– Essa parte do "Bakubro!" foi feita só pra eu ter algo pra terminar o capítulo.

– A única parte do capítulo que foi mais ou menos planejada, foi a de dar as mãos.

Ps: dêem uma olhada na minha descrição no perfil.

𝐂𝐚𝐫𝐚𝐦𝐞𝐥 𝐁𝐨𝐲| 𝓚. 𝓑𝓪𝓴𝓾𝓰𝓸Where stories live. Discover now