VII

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𝗢𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲 & 𝗕𝗿𝗼𝘄𝗻

𝗢𝗿𝗮𝗻𝗴𝗲 & 𝗕𝗿𝗼𝘄𝗻

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No caminho para casa, pude aproveitar a vista, quer dizer, agora eu tinha duas cores novas. Duas. Sorria feito boba sempre que via algo além das mórbidas cores monocromáticas de sempre. Assim que cheguei em casa, deixei meus sapatos na porta e me joguei no sofá.

Meus pais estavam no trabalho provavelmente, e minha avó… Bom, não sei. Talvez em alguma aposta ou algo assim. Veja bem, minha avó não é viciada, ela só gosta de ter algum uso para seu quirk quando está entediada. "Previsão", esse era seu quirk. Não previa o futuro, não exatamente, ela pode prever os movimentos de alguém, e, quando entediada, saía para alguma aposta, mas não acontecia sempre.

Eu sempre falava que o quirk da minha avó e do meu falecido avô eram perfeitos juntos, brincava falando que formavam um Sharingan. Enquanto minha avó podia prever os movimentos, meu avô podia copiá-los. Sem sombra de dúvidas, Sharingan.

Já o quirk dos meus pais, era o completo oposto. Meu quirk é o mesmo do meu pai, "calmaria", já o da minha mãe… Aceleração. É como dizem, os opostos se atraem.

Ainda pensando sobre quirks, pensei sobre hoje. Aquela garota, Haru, se não tivesse conseguido controlar meu quirk, o que teria acontecido? Quer dizer, eu cheguei ao meu limite muito rápido e, por mais que não tenha acontecido, poderia ter morrido.

Deveria falar com meu pai, ele trabalha como detetive e usa seu quirk quase que diariamente, poderia me ensinar algumas coisas.

Claro, ainda não quero ser uma heroína e sair por aí salvando as pessoas como hoje. Quero trabalhar com moda, estilista, por isso fiquei tão animada quando Bakugou falou sobre seus pais, mas caso eu precise usar meu quirk, como hoje, não quero que alguém se machuque por minha causa.

Foram com esses pensamentos que eu caí no sono, no sofá mesmo.

•••

— Shizuka.

Ouvi uma voz distante e sentir algo balançar.

— Shizuka.

A voz continuava, junto ao balançar, apertei meus olhos em incômodo, os abrindo aos poucos e encontrando minha mãe perto de mim e com a mão no meu braço.

— O que… — comecei, sonolenta.

— Um amigo de seu pai nos contou o que houve. Como assim você se jogou na frente do carro?! — me interrompe, podia sentir a raiva e preocupação em sua voz.

Arregalei os olhos, sentindo todo meu sono passar e me sentando rapidamente. Estava ferrada.

— Não é o que parece! — me apressei em dizer — Tinha uma garotinha que estava com a mãe e… — desviei o olhar, mas arregalei os olhos com o que vi — Mãe… — chamei, lentamente.

𝐂𝐚𝐫𝐚𝐦𝐞𝐥 𝐁𝐨𝐲| 𝓚. 𝓑𝓪𝓴𝓾𝓰𝓸Where stories live. Discover now