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Tive que contar toda a história sobre o incidente do carro para meu pai, ele reagiu bem melhor que minha mãe e avó. Elogiou meu pensamento rápido e meu trabalho em equipe com Bakugo, mas repreendeu minha imprudência, vendo sua reação, decidi perguntar o que havia pensado mais cedo.
— Pai? — chamei, hesitante.
— Hm? — respondeu.
— Sobre meu quirk, o senhor acha que poderia me treinar? — desviei o olhar para minhas mãos, brincando com as mesmas.
Mesmo sem levantar o olhar, pude sentir meu pai me encarando, até ouvi uma risada anasalada.
— Posso saber o porquê disso agora? — pergunta — Você nunca esteve interessada nisso antes. — completa.
— É só que... Eu quero estar preparada caso algo assim aconteça de novo. — levantei meu olhar para ele, apertando os punhos em meu colo — Não quero que se machuquem por minha causa, ou que eu seja um peso. — disse, determinada.
Vi meu pai sorrir, parecia orgulhoso. Ele se aproximou alguns passos, pondo a mão na minha cabeça e bagunçando meu cabelo. Protestei e tentei tirar sua mão, mas ele apenas riu.
-— Vendo toda essa determinação, como poderia negar? — recolhe a mão.
— Então o senhor vai me treinar? — perguntei, animada.
Como resposta, meu pai balançou a cabeça em um "sim".
— Depois falamos sobre isso, agora, vamos descer para jantar, eu tinha vindo te chamar. — se virou para ir embora, comigo ao seu encalço.
Quando chegamos, a mesa já estava posta, minha avó estava sentada e minha mãe acabará de sair da cozinha.
— Agora que todos chegaram, a comer. — minha avó anuncia.
— Yasuko, você não passou a mão na cabeça da Shizuka, passou? — minha mãe pergunta, enquanto se sentava. Pude ver meu pai engolindo seco, se sentando também.
— Literalmente ou figurativamente? Por que existe uma diferença. — responde, fazendo minha mãe suspirar.
— Yasuko, o que a Shizuka fez foi muito perigoso, não podemos encorajar ela com isso. — repreende.
— Calma, calma. Ela vai tomar mais cuidado, não vai, Shizuka? — se vira para mim.
— Sim, sim. — aceno com a cabeça freneticamente.
Minha mãe estreitou os olhos em desconfiança, mas nada falou.
— E então, Yasuko? — minha avó toma a palavra — Como está o caso que você falou? — indagou, enquanto todos nós nos servíamos.
