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Assim que a porta é aberta, uma voz se fez presente junto a uma pessoa:
— Querida, o Katsuki trouxe visita? Vi sapatos na entr... — se interrompe ao levantar o olhar para o estúdio e nos ver — Oh... — fez um barulho em realização e coçou a nuca envergonhado — Boa tarde. — Sorriu educadamente e olhou para a loira, em busca de explicação.
— Essa é a Shizuka, amiga do pirralho.
— Amiga do Katsuki? — Tombou a cabeça para o lado. Agora parecia ainda mais confuso.
Então esse é o pai do Garoto Caramelo? Ele parece tão... normal?
— Muito prazer, Sasaki Shizuka. — Sorriu e me curvo politicamente.
— Ah, muito prazer, Sasaki-san. Me chamo Bakugo Masaru, pai do Katsuki. Obrigado por ser amiga do meu filho. — Se curvou acanhado.
Ele é tão diferente da esposa e do filho. Quer dizer, ao contrário dos loiros que passavam uma energia tão imponente e explosiva, ele parecia tão calmo e inofensivo. Sorri em compreensão. Deve ser difícil a convivência para ele.
— Por favor, sem formalidades com meu nome, Bakugo-san. — Neguei com as cabeças e mãos e o outro concorda.
— Entendido, Shizuka-chan. Não querendo ser indelicado, mas... você não deveria de estar com o Katsuki? — Coça a bochecha com o indicador.
— Esse pirralho é um mal-educado de uma figa. — Mitsuki-san interrompe antes que eu pudesse responder — Acredita que ele sumiu assim que chegamos em casa? Nem 'pra fazer sala 'pra amiga. — Cruzou os braços em descontentamento.
Pude perceber Masaru-san murmurar algo como "Esse sim parece meu filho" e então virar para mim com um pedido de desculpas silencioso, que logo fiz questão de negar.
— Na verdade, foi a Mitsuki-san que me convidou. — Tento explicar.
— Falando nisso, ainda não falei com sua mãe. — Virou-se para mim.
Arregalei levemente os olhos e, rapidamente, peguei meu celular. Ainda não havia mensagem alguma. Olhei as horas. Não passara tanto tempo assim do meu horário de chegada. Provavelmente não estranharam ainda.
Mitsuki-san então levantou-se e se dirigiu até um telefone em uma mesinha de canto, para logo tirá-lo do ganho e perguntar:
— Qual o número da sua mãe, Shizuka-chan?
Comecei então a ditar o número conforme ela discava e esperei enquanto chamava.
— Alô? É a mãe o Katsuki, amigo da sua filha... Ah não, não aconteceu nada. — Deu uma leve risada — Eu só queria avisar que a Shizuka-chan 'tá aqui em casa. — Esperou enquanto minha mãe falava — Moramos perto da... — e continuou a falar. Explicou onde morava, como parei aqui, o que estávamos fazendo... Coisas desse tipo — Pode deixar. — Concordou com a cabeça — Até. — Estendeu o telefone para mim — Ela quer falar com você.
