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— Somebody once told me, the world is gonna roll me. — abri a porta de casa com tudo e cantando.
— QUEEEEEEEBRA! — uma voz distante gritou.
— FOI SEM QUERER QUERENDO. — gritei de volta.
— ESSE SEU "SEM QUERER" JÁ QUEBROU A PORTA ANTES! —
— Ninguém tem paciência comigo. — murmurei.
Fechei a porta, retirei os sapatos e fui em direção a sala, onde minha avó se encontrava.
— Vóóóó~ — chamei, manhosa.
— Lá vem…
— 'Tô com fome.
— Seu pai está fazendo comida. — responde, sem tirar os olhos da TV.
— Não era o dia da minha mãe? — perguntei confusa, ontem meu pai havia cozinhado.
— Era, mas ela disse estar cansada, então seu pai decidiu fazer a comida. — explica.
— E cadê minha mãe?
— Na cozinha, fazendo companhia pro seu pai. — dá de ombro.
— Ok. — me viro em direção a cozinha.
— E aonde a senhorita pensa que vai? Assim, sem tomar banho? — se vira para mim, com a sombrancelha arqueada.
— Eu? Eu tô indo tomar banho, é claro. — mudei a direção, com uma gota de anime na testa.
Abri a porta do quarto jogando minha mochila na cama e indo em direção ao guarda roupa e puxando a primeira roupa que vi.
Olha, meu uniforme de sempre. Um short largo e um blusão que roubei do meu pai.
Abri a porta do banheiro, a tranquei e fui em direção ao chuveiro.
— Meu Deus, a embalagem do Shampoo e Condicionador sempre foi amarela?! — perguntei, já no banho — Eu achava que era cinza. — olhei para meus braços, também cinzas — Eu sou amarela?! — arregalei os olhos — Ah, deixa. Se eu fosse amarela eu não enxergava mais cinza. — disse, aliviada.
Esse garoto, Bakugo, ele me deixou pensando sobre isso esse tempo todo…
— Por que chocolate com pimenta? — perguntei para mim mesma.
E é claro, por que eu só enxerguei uma nova cor após me encontrar com ele?
— Seria o Garoto Caramelo uma espécie do colírio para meus olhos? — continuei a falar comigo mesma, enquanto me ensaboava.
Poxa, agora eu realmente quero caramelo…
— Mando mensagem? Quero dizer, ele me deu seu número. — passava shampoo na cabeça.
