Capitulo 61

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Vim pela madrugada com Marcela e quando cheguei já fui direto pro trabalho.

Sabia que ia escutar a beça pelas folgas que eu peguei,mas não me arrependo não.

Cheguei na casa e para minha surpresa a dona da casa não falou nada de diferente comigo,pelo contrário,me tratou super bem e arrisco dizer que até melhor que normalmente.

Fiz meu trabalho e acabei no horário certinho,tava super satisfeita comigo mesma pela nova arrumação que tinha feito na casa e pelo horário que acabei tudo.

Quando a dona chegou,elogiou,subiu e me chamou.

Dona da casa:Você esqueceu de arrumar meu closet e o quarto dos meninos.

Ingra:O quarto dos meninos está limpo e eu limpei seu closet hoje,senhora.

Dona da casa:Não. Eu tô falando de tirar tudo de dentro das prateleiras,gavetas,caixas,sapateiro e limpar,organizar,empacotar e separar. -engoli seco. Eu nunca fiz isso em dois anos de trabalho nessa casa.

Ingra:Mas eu nunca fiz isso.

Dona da casa:Mas agora faz.-levantou da cadeira. -Quero isso tudo limpo hoje!-assenti.

Que ódio dessa imunda! Engoli o bolo na garganta,liguei pra minha avó e falei que tava no trabalho e não era pra se preocupar. Respondi a mensagem de Marcela e comecei.

Tinha muita coisa ainda de etiqueta que não tinha saído nem da bolsa que comprou e muita coisa ragasda,furada que ela nem sabia.

Ela toda hora vinha no quarto pra ver se eu tava trabalhando mesmo. Me sentia um lixo!

"Por que você não larga?" "Tá passando fome?" Não é bem assim,eu tenho minhas contas,as pessoas que eu ajudo,tenho minha clínica pra abrir e fora isso,nenhum trabalho é bom.

Fui terminar de limpar tudo já passava das três da manhã,morrendo de dor na coluna de tanto peso que peguei e ainda por cima tinha que voltar às sete pra cá de novo né.

Vim pela avenida principal que era pela praça,como tinha muita movimentação sempre não ia ter medo. Quando tô passando pelo bar do seu Antônio,o bar que meu vô joga,forço as vistas e boto minha mão na boca pra ninguém ver a minha boca aberta de espanto.

No meio de uns vapor,mesa farta de bebida e comida e advinha quem tava? Isso mesmo,minha mãe e a família dela! Minha mãe,o marido dela,Yza e Bola,todos rindo e conversando.

Quando minha mãe me viu virou o rosto e eu também nem dei trela. Que vontade de me ter o pé nessa mesa e derrubar tudo!

Vim pra casa praticamente correndo,só queria um banho e um remédio do meu vô pra ficar dopada.

Cheguei em casa e a outra ainda tava acordada,reclamou a beça por quê eu disse que ia ligar quando terminasse e não liguei. Mas foi bom,só assim vir a minha mãe andando bandido e falando mal da minha namorada envolvida.

Hacker:Tu vem sozinha uma hora dessa? Tá certa?-brigou comigo e eu fiz bico.

Tava tomando banho e ela sentada na privada,sempre assim,parece minha sombra.

Ingra:Tchu. A rua tava movimentada.

Hacker:Mesmo assim Maria,você não conhece maldade de ninguém não. -levantou. - Se arruma aí que eu vou pegar teu lanche,chata! -joguei beijo pra ela. Me mima muito!

Botei a toalha na cabeça e sentei pra comer enquanto a gente fofocava,contei pra ela sobre minha mãe.

Hacker:Sabe que sua mãe só é preconceituosa né?-olhei pra ela.- Não vem! Você sabe que eu tô certa,não adianta debater comigo nisso.

Ingra:Amor,não é assim. Ela só não te conhece ainda.

Hacker:Continua dando cadeira pra plateia. -fiquei calada. Íamos brigar e eu não queria.

Levei as coisas lá pra baixo,lavei e guardei. Passei no quarto do meus avós e beijei eles,tô com uma saudade ferrada. Peguei o remédio e voltei pro meu quarto.Arrumei a cama e me deitei.

Hacker:Vai dormir com ele molhado?-apontou pro meu cabelo e eu confirmei.-Vai ficar gripada.

Ingra:Fico não. Vem que hoje tenho que acordar cedo.

Hacker:Ta dizendo que vai continuar trabalhando lá? Tá doida né?-falou toda bruta e eu já olhei repreendendo.- Não me olha assim não! Tá maluca Maria? Trabalhando época de escravo é? Sai desse emprego e o que você precisar eu tô aqui.

Ingra:Nunca!-puxei ela pra deitar.- Eu tô quase lá de abrir minha clínica,só um pouco mais e viro dona do meu próprio emprego.-nada disse também.

Tomei o remédio,me aninhei nela e já tava quase dormindo.

Hacker:Levanta,tô conseguindo dormir com esse seu cabelo molhado não.-botei o travesseiro na cara.-Vem logo,fica doente não sabe o porquê. -ri

Ingra:Tá bom mamãe!

Ela secou meu cabelo e capotamos na cama.

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Acordei mais cansada que quando fui dormir,era ainda seis e dez mas tenho que ver o que tem pra meus avós comer,se tem roupa pra lavar,contar os remédios e da muito beijo babados neles.

Tava os dois na cozinha tomando café.

Ingra:Bom dia!-olharam pra mim é dera bom dia. -Eu tô com muita saudade!!-comecei a beijar eles e conversar.

Vó Doralice:A nega faz uma falta viu!-me beijou.-Como você tá? Chegou que horas?

Ingra:Tô bem! E você vó? Tá tomando os remédios direito? -começamos a conversar.

Vô Samuel:É impressão minha ou você tá brilhando depois que voltou dessa viajem?-mexeu comigo.- A mãe Lúcia disse que quer te ver.-assenti. Mãe Lúcia era a dona do barracão que meu avô frequenta.

Ingra:Vou ir lá hoje.

Marcela me trouxe no trabalho de cara fechada,só responde o básico e olhe lá. Quando parou na frente da casa da minha patroa,respirei fundo e falei.

Ingra: Tira esse bico!-olhou pra mim.- Você sabe mais que eu que eu não queria trabalhar aqui,mas preciso!-bufou. -Desfaz essa cara vai,me dá um beijo!

Hacker:Teimosa!-ri e comeu a dar selinhos no rosto dela,até que cedeu e demos um beijo.

Dei tchau e entrei na casa que já estava maior gritaria.

Oi,gostosas! Tudo bom?
1/5 da maratona que prometi.
Curtam e comentem muito que assim eu fico sabendo se vocês estão gostando ou não.
Beijo na boca!
P.s: eu vou postar os outros capítulos sem esse aviso mas peco que se engajem como nesse primeiro por favor.

PERDIÇÃO (Romance lésbico)Where stories live. Discover now