𝐟𝐨𝐮𝐫𝐭𝐞𝐞𝐧

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Com o antebraço limpo minha bochecha de sangue. O chão treme na mesma hora da explosão, não sabia o que estava acontecendo. Invoco minhas duas cobras e uma outra maior com cerca de 6 metros.

As duas menores se envolvem em meus braços. Começo a andar depressa para minha casa, com a cobra maior me seguindo. Continuo seguindo a trilha, até que, vejo toda minha casa pegando fogo, estava tudo em chamas.

Yiu ainda estava lá dentro. Mas, acredito que ela ja tinha saido de dentro da casa. Penso em uma maneira de apagar o fogo, além, que, havia muita fumaça, não só minha casa estava queimando como as árvores na floresta também.

Faço meus olhos mudarem de cor tentando ver dentro da casa. Nenhum sinal além de destroços e fumaça.

Ouço barulhos vindo do meio dos destroços. Vou correndo atrás, mando a cobra maior tentar apagar o fogo com sua energia. Retiro os pedaços de madeira queimados fazendo força, Yiu estava lá embaixo com ferimentos graves.

A ajudo a sair de lá, e pergunto:

ㅡ Você tá bem? O que aconteceu aqui?

ㅡ Corre... Sai daqui, Mahina! Agora! ㅡ respondeu baixo.

ㅡ Não! Não vou te deixar aqui para morrer.

ㅡ Você vai sim! Sai já daqui, você não vai conseguir exorcizar a maldição que fez isso! Vai embora. ㅡ Yiu estava usando suas últimas forças para me avisar.

ㅡ E nem você vai nesse estado. ㅡ apoio ela em meu ombro segurando em sua cintura.

Invoco mais cobras para apagar o fogo e nos dar cobertura caso a maldição volte. Não ia ser muito inteligente invocar uma cobra maior, iria chamar muita atenção, e ir correndo ia demorar demais por causa dos ferimentos de Yiu, mas, lembro do carro que nos trouxe para cá.

Olho para trás e nenhum sinal do carro, deixamos ele em um estacionamento próximo daqui, era só ir até ele. Estava uma confusão, chamas por todos os lados, e cobras se arrastando pelo chão. Já tinha começado a chegar no estacionamento, torcendo para que nada se interferisse no nosso caminho.

Felizmente consigo chegar no carro. Mas lembro que não tinha pegado a chave dele, revisto os bolsos de Yiu, e nada. Até que Yiu diz fazendo esforço:

ㅡ Tá no sutiã... A chave.

ㅡ Por que você guarda isso ai? ㅡ não era hora de me pergunta o porquê disso ㅡ Com licença, e com todo o respeito.

Pego a chave que estava no sutiã, a seguro mais firme o corpo dela com um braço e com o outro abro o carro. Coloco Yiu deitada no banco de trás, invoco uma cobra de cura, que aperfeiçoei no meu treinamento, ela se envolve em Yiu amenizando seus ferimentos. Aperto bem o cinto nela, mas sem a machucar mais.

Dou a partida no carro até que me lembro que não sei dirigir. Me concentro para tentar lembrar de como Yiu dirigia, mas nada, se eu dirigir por conta própria é possível esse carro capotar.

Então vou seguir minha intuição. Coloco o cinto e posiciono a mão no volante e dou a primeira marcha, não acelero muito para me acostumar no início. Mas, olho no retrovisor e vejo centenas de maldições pequenas vindo na nossa direção, pareciam com pássaros e ao mesmo tempo com morcegos. Uma fusão dos dois.

Maldições de baixo nível ficam juntas.

Me xingo mentalmente por ter me esquecido disso. Piso no acelerador sem muita escolha, fico alterando em olhar para minha frente, o retrovisor e Yiu. Faço uma curva com o carro indo rápido. Torço para que dê tudo certo.

Uma maldição tinha nos alcançado, estava batendo no vidro o fazendo rachar. Só estava ficando cada vez pior. Lembro que minha katana estava dentro da casa, que agora virou cinzas. Piso mais forte no acelerador, viro para a esquerda o pressionando contra a parede.

A maldição explode, gosma roxa fica presa na janela do carro. Uma onda de maldições estavam atrás do carro nos perseguindo. Pego uma estrada onde não tenha muita movimentação nem pessoas. Piso fortemente no acelerador, estávamos quase chegando a essa hora.

Sinto algo escorrendo do meu nariz, tento não perder a concentração com isso.

ㅡ Merda! ㅡ faço uma curva não estando no planejamento pegando um atalho.

Minha boca é invadida por sangue, meu sangue. Passo a costa da mão limpando podendo ver que o sangue preto nunca foi embora.

Não corri perigo nenhum nesses anos. Mas, de vez em quando isso acontecia, sem motivo nenhum. Escorria mais e mais sangue. Felizmente, já estava vendo um pouco da escola jujutsu, acelero mais querendo que isso acabesse logo.

Quando faltava pouco para eu bater com tudo na escola, piso no freio de uma vez, senti um leve impacto com a parede me fazendo sacudir.

Tiro o cinto e saio do carro, fico na frente da escola e invoco uma cobra maior ainda que as últimas, uma de 12 metros para, a onda as maldições estava chegando perto. Mando minha cobra ir atrás e eliminar todas, isso estava chamando muita atenção, espero que o povo da escola tenha ouvido.

E parecem que ouviram mesmo quando viro para trás, e vejo Gojo e o diretor da escola, digo para Gojo fazendo um sinal com a mão.

ㅡ Desculpa pelo barulho. ㅡ o diretor fica perplexo quando ver a bola de energia amaldiçoada que criei só fazendo um sinal.

Meu irmão não pareceu surpreso, sorriu como resposta do que estava vendo.

Concentro a bola escarlate na terra, envolvendo toda o perímetro da escola em um bolha de proteção. Mais sangue escorre pelo nariz, me sento em cima dos meus joelhos recuperando forças, se eu ainda tivesse alguma.

Olho por cima dos meus ombros e vejo Itadori, acompanhado por Nobara e Megumi.

ㅡ Que barulheira foi essa? ㅡ Nobara diz olhando para Gojo, até seus olhos me encontrarem ㅡ Mahina!?!

Sorrio encolhendo meus ombros e fechando meus olhos ao ver que todos estavam bem, e que Itadori ainda estava vivo.

ㅡ Surpresa! ㅡ foi a última coisa que disse antes de desmaiar no chão.

Piscava meus olhos freneticamente ao ver tudo embaçado, minha última visão foi minha cobra matando as maldições. Até eu apagar por completo.



Contínua...

𝐁𝐄𝐅𝐎𝐑𝐄 𝐈𝐓 𝐄𝐍𝐃𝐒, Megumi FushiguroWhere stories live. Discover now