E S T E R
Quando entro no elevador junto com o Pedro, tudo esquenta e eu tiro o casaco do meu corpo.
Estar num ambiente tão pequeno e tão perto dele me deixa muito quente.
É tudo culpa dos copos de bebida que eu tomei hoje mais cedo, juro.
Por sorte não nos molhamos na chuva, como eu tenho uma vaga pra carro e não tenho carro, ele estacionou o dele e a gente ficou sequinho.
Olho nosso reflexo no espelho e pego ele fazendo a mesma coisa, minha boca fica seca e eu arrepio quando encosto minhas costas na parede fria do elevador.
Socorro.
Ele é mais alto que eu, minha cabeça bate em seu ombro e eu provavelmente teria que levantar meus pés para beija-lo.
Acabo passando a lingua pelos lábios num ato que não foi proposital, mas ele desvia o olhar e encara o chão.
De repente o elevador da um tranco, as luzes se apagam e ficamos no escuro, provavelmente presos aqui dentro.
Eu fico com medo, não gosto de estar muito tempo em um ambiente fechado.
— O que aconteceu?— ouço ele perguntar.
— Provavelmente foi uma queda de energia.
Eu deveria ter pensado nisso antes de entrar nesse elevador. Não é nada legal ficar presa nesse treco que tá longe do chão e uma queda daqui seria fatal.
Ele acende a lanterna do celular e isso clareia um pouco, mas não muito.
— Será que vai demorar muito pra voltar?— pergunta, parece estar tenso.
— Eles logo ligam o gerador ou até mesmo a energia volte antes disso, não vai demorar.
Eu espero.
Dou um passo para trás e me choco contra ele, seu celular cai no chão e eu automaticamente me abaixo para pegar, só que aí...
Acabo roçando a minha bunda em certas partes do corpo dele e garanto que eu sinto uma coisa bem agradável.
Minha respiração desregula um pouco, eu pego o celular e aperto com força contra a minha mão.
— Seu celular— me levanto e fico na mesma posição de antes.
Sua mão toca meu pulso, seus dedos raspam na minha pele e me arrepiam, mas eu tento me concentrar em outra coisa que não seja isso.
Ele pega o celular da minha mão e eu prendo minha respiração. Me contraio, tento cruzar as minhas pernas e quase suspiro quando sinto sua respiração contra minha orelha.
Socorro...
— Eu não gosto de ficar preso num lugar tão apertado— diz.
A voz atinge certos pontos dentro de mim e isso me causa uma sensação muito louca. Fico quente, piscando.
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𝗣𝗥𝗢𝗣𝗢𝗦𝗧𝗔•• 𝗣𝗲𝗱𝗿𝗼 𝗚𝘂𝗶𝗹𝗵𝗲𝗿𝗺𝗲
FanfictionA atração que sinto por aquele cara só aumenta a cada vez mais. Em todos os momentos que olho pra ele imagino a gente fazendo muitas coisas juntos. Eu quero aquele homem e vou tê-lo, ou não me chamo Ester Pereira.