³ elevador

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E S T E R

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E S T E R

Quando entro no elevador junto com o Pedro, tudo esquenta e eu tiro o casaco do meu corpo.

Estar num ambiente tão pequeno e tão perto dele me deixa muito quente.

É tudo culpa dos copos de bebida que eu tomei hoje mais cedo, juro.

Por sorte não nos molhamos na chuva, como eu tenho uma vaga pra carro e não tenho carro, ele estacionou o dele e a gente ficou sequinho.

Olho nosso reflexo no espelho e pego ele fazendo a mesma coisa, minha boca fica seca e eu arrepio quando encosto minhas costas na parede fria do elevador.

Socorro.

Ele é mais alto que eu, minha cabeça bate em seu ombro e eu provavelmente teria que levantar meus pés para beija-lo.

Acabo passando a lingua pelos lábios num ato que não foi proposital, mas ele desvia o olhar e encara o chão.

De repente o elevador da um tranco, as luzes se apagam e ficamos no escuro, provavelmente presos aqui dentro.

Eu fico com medo, não gosto de estar muito tempo em um ambiente fechado.

— O que aconteceu?— ouço ele perguntar.

— Provavelmente foi uma queda de energia.

Eu deveria ter pensado nisso antes de entrar nesse elevador. Não é nada legal ficar presa nesse treco que tá longe do chão e uma queda daqui seria fatal.

Ele acende a lanterna do celular e isso clareia um pouco, mas não muito.

— Será que vai demorar muito pra voltar?— pergunta, parece estar tenso.

— Eles logo ligam o gerador ou até mesmo a energia volte antes disso, não vai demorar.

Eu espero.

Dou um passo para trás e me choco contra ele, seu celular cai no chão e eu automaticamente me abaixo para pegar, só que aí...

Acabo roçando a minha bunda em certas partes do corpo dele e garanto que eu sinto uma coisa bem agradável.

Minha respiração desregula um pouco, eu pego o celular e aperto com força contra a minha mão.

— Seu celular— me levanto e fico na mesma posição de antes.

Sua mão toca meu pulso, seus dedos raspam na minha pele e me arrepiam, mas eu tento me concentrar em outra coisa que não seja isso.

Ele pega o celular da minha mão e eu prendo minha respiração. Me contraio, tento cruzar as minhas pernas e quase suspiro quando sinto sua respiração contra minha orelha.

Socorro...

— Eu não gosto de ficar preso num lugar tão apertado— diz.

A voz atinge certos pontos dentro de mim e isso me causa uma sensação muito louca. Fico quente, piscando.

𝗣𝗥𝗢𝗣𝗢𝗦𝗧𝗔•• 𝗣𝗲𝗱𝗿𝗼 𝗚𝘂𝗶𝗹𝗵𝗲𝗿𝗺𝗲Where stories live. Discover now