A atração que sinto por aquele cara só aumenta a cada vez mais.
Em todos os momentos que olho pra ele imagino a gente fazendo muitas coisas juntos.
Eu quero aquele homem e vou tê-lo, ou não me chamo Ester Pereira.
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E S T E R
Encaro as pessoas na minha frente enquanto tento raciocinar.
Tava num sono incrivelmente bom quando do nada sou acordada com o Luquinhas pulando em cima de mim e puxando meu cabelo, aí o Pedro falou que o pessoal tinha chegado e a gente tinha que dar a notícia.
Não fiz o download completo ainda, tô meio aérea e mal consigo prestar atenção no que eles estão falando.
Meus pais estão aqui, os pais do Pedro e nossos irmãos também, a Stefhany tá me abraçando e como se já soubesse da minha gravidez, sua mão tá na minha barriga.
— Ainda não entendi porque você nos chamou, Pedro, querem nos contar algo?— o pai dele diz e eu olho pro mais novo papai do pedaço, vendo sua expressão de puro desespero.
Coloco minha mão por cima da sua que está em minha coxa e faço um carinho, também estou nervosa, mas sei que pra ele tá sendo mais complicado.
Não sei direito como falar isso, tipo: estou grávida, amaram?
Ou: fomos na fé e a Vitória tá na minha barriga?
Nenhuma dessas opções são boas, preciso achar uma maneira melhor e que não cause nenhum infarto.
— É...— pigarreio e olho pro alto em busca de alguma ajuda divina.
— Eu tenho mesmo que estar aqui? Tinha marcado fut com meus amigos— meu irmão diz e eu lanço um olhar pra ele— ok, vou ficar pianinho.
O Luquinhas sobe no ombro do Pedro e fica paradinho ali, o Messi tá deitado no chão e não tá nem aí pra nada.
— Eu com a Ester temos que contar uma coisa pra vocês— ele enfim abre a boca e tira as palavras que eu queria dizer e não consegui.
— Vão casar?— minha mãe pergunta e troca um olhar com a minha sogra— a gente pode organizar tudo rapidamente e...
— Não é isso, mãe— digo. Ótimo, agora as atenções estão em mim.
Tá, ok, respira fundo e conta, Ester, não vai ser tão difícil assim.
Eles estão sentados, o que já me deixa mais aliviada caso haja algum desmaio.
— Eu passei mal e fui parar no hospital— digo e vejo a expressão de choque no rosto dos meus pais— eu tô bem agora, só senti umas dores fortes.
— Você é toda ferrada, né?— minha irmã me olha, negando com a cabeça— tadinha.
— Toda prejudicada— meu irmão completa o bullying contra mim. Não entendo legal se são meus irmãos ou haters.
