A atração que sinto por aquele cara só aumenta a cada vez mais.
Em todos os momentos que olho pra ele imagino a gente fazendo muitas coisas juntos.
Eu quero aquele homem e vou tê-lo, ou não me chamo Ester Pereira.
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P E D R O
Assim que entro no refeitório, vejo a Ester sentada na mesa em que estão o Gabriel, Léo, Gerson, Matheuzinho, Arrascaeta e o Wesley.
É pra lá que eu não vou.
Ela saiu do meu quarto antes de mim, a gente acabou transando e foi bom pra caramba. Nunca achei que fosse fazer isso aqui no quarto aqui do CT, mas não deu pra resistir e acabou rolando.
Começo a tirar a minha comida e olho pro Everton que tá do meu lado.
— Oi— digo— o que foi?
— Nada não, tu tá com uma cara diferente.
— Mudei de cara não, pô.
— Eita, que isso, hein?— ri.
— Perdão, não quis parecer grosso.
— Relaxa, mano, só tô te achando meio diferente.
— Diferente?
— É, sei lá, a expressão facial deu uma mudada, e não é de hoje.
— As coisas mudam, né— dou de ombros.
— Acho que essa mudança tem nome, hein?
— Ah não, Everton, sem viagem.
— Viagem, né? sei.
E ele não deixa eu falar mais nada porque simplesmente sai.
Eu mudei tanto assim? De pensamento eu sei que sim, mas não achei que fossem notar pela minha cara.
Termino de tirar meu almoço e na hora de caminhar até uma mesa, o Gabriel me chama.
— Chega aí, mano— agora é o Matheuzinho.
E pra não fazer desfeita, já que ficaria chato, caminho até a mesa e já tava vendo o lugar vago ao lado do Wesley, mas ele se levanta e passa pra cadeira da ponta, deixando o espaço vago perto da Ester.
Mas será possível? Eles querem me enloquecer.
Minha única saída é me sentar perto dela, e é isso que eu faço.
Tomo um pouco do meu suco e encaro o Gabriel na minha frente, ele fica intercalando o olhar entre nós dois enquanto dá um sorrisinho de criança bagunceira.
