A atração que sinto por aquele cara só aumenta a cada vez mais.
Em todos os momentos que olho pra ele imagino a gente fazendo muitas coisas juntos.
Eu quero aquele homem e vou tê-lo, ou não me chamo Ester Pereira.
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E S T E R
Que grito mais estérico foi esse? Que horror!
Mas tinha que ser logo agora? Porra, acabou com o momento gostosinho e nem deu tempo da gente fazer nada direito porque o Pedro se afasta.
Se eu falar que não tenho nada a ver com isso vão acreditar?
— Você aprontou alguma coisa, né?— ele diz e eu me ajeito, puxando o vestido pra baixo e olhando pra ele.
— O que te faz achar isso?
— Esse grito foi da Fernanda.
— Conhece bem o grito dela, né?— me sento e cruzo os braços— tá conhecendo legal!
— A gente já foi casado.
— Legal, pô, vai lá então ver se ela quer retomar o casamento— fico puta.
— Que? Claro que não, Ester, só acho que você não deveria ter feito nada.
— Para de achar que eu fiz algo.
Eu sei que fiz, mas é ruim ver ele desconfinado, mesmo que esteja certo.
— Olha, eu só acho que a gente poderia viver em harmonia, esquecer que ela tava aqui e é isso.
— Como se ela acabou de dar um grito todo estérico e atrapalhou a gente?
E ele simplesmente começa a abrir a barraca. ABRIR A PORRA DA BARRACA.
— Pra onde você vai, Pedro?
— Ver o que aconteceu.
— Pedro, não abre isso.
Ele abre. Ele abre a porcaria da barraca e sai.
ELE SAI!
É hoje que eu cometo um homicídio doloso, com MUITA intenção de matar.
E os gritos continuam, eu tento lutar contra a curiosidade, mas não consigo porque quem saiu da barraca agora foi eu, vendo geral encarando a cena mais ilária que eu já vi na vida.
A doidona tá se debatendo toda enquanto pula de um lado pro outro, tem outras duas pessoas batendo nela com algum pano e outras pessoas mexendo na barraca.
Que coisa, não?
Olho pra Ana Júlia que tá do lado do Gerson e em seguida pra Sophia que tá jogada no chão, se matando de rir.
Tento pensar em coisas tristes, como da vez que fui atropelada, mas não funciona muito porque logo quem começa a rir sou eu.
— SOCORROOOOO— ela grita e eu coloco a mão na boca pra bafar a risada.
— Meu Jesus amado...— o Pedro murmura e eu já deixo claro que se ele for até lá, peço a separação.
— TEM FORMIGA SUBINDO EM MIM, TIRAAAA— ela começa a passar a mão descontroladamente no cabelo e do nada o Gabriel brota do meu lado.
