A atração que sinto por aquele cara só aumenta a cada vez mais.
Em todos os momentos que olho pra ele imagino a gente fazendo muitas coisas juntos.
Eu quero aquele homem e vou tê-lo, ou não me chamo Ester Pereira.
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E S T E R
Eu tô na igreja.
"Ai, Ester, o que você tá fazendo na igreja?" Eu vim agradecer pela minha linda vida.
Falando sério, eu ter sobrevivido depois daquele acidente horrível foi um milagre divino, ok que eu fiquei toda quebrada, mas o que importa é que não morri.
Só que assim, eu não sou a pessoa mais paciente desse mundo, então digamos que estou querendo ir embora.
— Falta muito?— pergunto pro Pedro que tá sentado do meu lado e ele me olha.
— Não faz vinte minutos que a gente chegou.
Como assim? Eu achei que já fazia horas.
Nossa vida é completamente aleatória porque a três dias atrás estávamos num churrasco na casa do Arrascaeta e agora estamos aqui na igreja. Pro Pedro é até normal, mas pra mim não.
Apoio minha cabeça em seu braço e fico brincando com a nossa aliança em seu dedo. Ela é linda e não é daquelas que se derreter faz um portão.
Ele da um beijinho na minha testa e eu sorrio. Tem momentos que conseguimos ser fofinhos, vai.
— Eu vou ao banheiro rapidinho— digo.
— Quer que eu vá contigo?
— Acho melhor a gente não entrar juntos no banheiro de uma igreja— cochicho baixinho e ele prende a risada.
— É, melhor não mesmo.
— Eu já venho— me levanto e agradeço mentalmente por estar sentada na cadeira da ponta e não ter que ficar passando entre as pessoas.
Eu já tô conseguindo andar bem, mas ainda tô mancando bastante e isso me enche muito o saco porque eu me sinto mega estranha.
Sigo minha intuição e entro num pequeno corredor, vendo duas portas. Entro no banheiro feminino e fecho a porta.
Caminho até uma das cabines e começa a parte mais difícil, fazer isso sozinha.
Puxo o vestido pra cima e coloco o tecido na boca só pra mente-lo levantado, em seguida abaixo minha calcinha e me sento no vaso sanitário, não encostando nada porque minha mãe sempre riz pra não fazer isso em banheiro público.
Depois que termino, me ajeito novamente e saio da cabine, indo até a pia e lavando minhas mãos.
Talvez eu devesse ficar aqui matando um pouquinho do tempo.
