Jogos da Ascensão II - As Garras de Etama

- Capítulo 17 -

Assim que deixamos Dagma, fomos direto para a casa do general onde eu ficaria escondido. A sensação ainda era incomoda. Não sentia como se aquele fosse o local onde deveria está, mas não havia local mais seguro em Fortal. Depois dos dois palácio, sua casa era o lugar mas bem guardado da capitania.

No entanto, não era o fato de o general ser parte do conselho e por falta de confiança da minha parte para com que ele que eu não me sentia bem. Não, não era esse o problema. O que realmente me incomodava era o fato de eu ter lembranças naquele local e o fato de está em um quarto repleto de coisas que só me traziam mais lembranças ainda.

No quarto do filho do general, Rafael, havia fotos coladas na parte externa das portas. Eram fotos dele, de seu cachorro, de Ric, de Ena e até mesmo havia uma em que eu e Tommy estávamos cobertos de lama. Ri ao lembrar daqueles dias, o sorriso vinha acompanhado da dor de saber que nosso mundo havia mudado tanto que, se Rafael ainda estivesse vivo, não acho que ele reconheceria.

Antes dos jogos começarem a situação nacional já não era boa. A criminalidade estava crescendo em um ritmo fora do normal e de uma hora para outra começaram a surgir ataques terroristas. Tentamos abafar tudo o máximo possível não deixando que a impressa torna-se os casos públicos afim de não causa pânico no reino, e então os jogos começaram com quatro atentados diferentes no dia da loteria. Eu devia ter constatado que algo não estava certo, deveria ter visto que esconder os fatos não protege ninguém. Entretanto, só me apercebi dessa verdade quando Danitria descobriu sobre Evelyn e eu vi que teria sido infinitamente melhor se eu tivesse lhe explicado antes o que estava acontecendo. Eu tinha em mente que conseguiria fazer aquilo, que cuidaria de Evelyn, de Tommy e ainda sim poderia está com Danitria, assim como achei que poderíamos esconder os atentados do povo e tentar solucionar o problema sem que as pessoas precisassem se preocupar. Em conclusão, eu estava errado.

A situação se agravou cada vez mais durante os jogos e aos poucos revoltas cresceram contra os jaguares que tentando manter a ordem. Era visível o fato de que as pessoas não estavam dispostas a aceitar toques de recolher e outras providências pelo policiamento militar o que levou o conselho a pensar em lei marcial. Dessa vez eu não deixei com que Ric aceitasse a ideia do conselho. O país poderia está com problemas, mas uma lei marcial era o mesmo que dizer para o povo que não dávamos conta do que estava acontecendo. Mas a verdade era que realmente não estávamos dando conta de tudo aquilo. Eramos três crianças brincando de reis enquanto um grupo de velhos corruptos usavam nossa inexperiência para transformar o país num inferno.

Não saberia dizer quem exatamente quem estava usando quem. Se era a Alemanha a nos usar ou o conselho que estava usando a Alemanha. Porém, não demorou para descobrir um pouco mais sobre isso.

Naquela noite, enquanto eu tentava não me sentir culpado por está deitando numa cama tão boa quanto a do quarto do filho do general, o próprio general veio até a porta avisar-me de uma pronunciamento na televisão.

Quando cheguei na sala, haviam imagens de uma cidade em ruínas onde haviam ocorridos supostos ataques rebeldes. Imagens de pessoas feridas, crianças chorando e casas ainda em chamas ocupavam toda a tela afim de chocar quem que as visse. O noticiário exibia o fracasso das forças militares etamauas em defender em restabelecer a ordem do país, anunciando assim que, nosso aliados, a Alemanha, iria trazer seu próprio exército para fazer o trabalho necessário.

- Quando restaurarem a ordem. - disse o general. - Eles não vão entregar o reino nas mãos do rei. Vão mostrar para todos que ele é um garoto que não sabe como cuidar de um país e vão transformar o reino em parlamentar.

- Deixe-me adivinha. - comecei. - O parlamento será composto pelos bravos homens que salvaram o reino, o conselho real, membros de um grupo que herda dos país do direito de reinar assim como o rei.