Red II

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Amoooooooores! Que saudades de vocês, estamos todos bem? Espero que sim.

Cá estou em com o Red II, sinto em dizer que faltam apenas dois capítulos, além desse, para a fanfic chegar ao fim. Eu espero que gostem, muito embora não tenha sido meu capítulo preferido quanto a escrita :(
Enfim, quero dedicar esse cap aos bebés do grupo de Read por me lembrarem de escrever hoje akshaksh e pra galera de Fortaleza, sábado vai ter um encontro de harmonizers, estarei por lá, mais informações no @5HFortalezaNews no tt. Chero no core, amo vocês.

TT: @lylasexual
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     Culpa.

     Substantivo feminino. Ato repreensível ou criminoso.  Responsabilidade por um ato ou omissão repreensíveis ou criminosos. Consequência de se ter feito o que não se devia fazer. Delito, crime. Causa de um mal. Pecado.

     Como um chama que nunca se apaga, a culpa é abastecida dia após dia por todos os sentimentos existentes ao seu redor. Por todas as circunstâncias, por todas as coincidências. A culpa, como uma chama em um palheiro, consome sem pudor o coração de quem a guarda. Como uma droga se espalhando pelas veias, a culpa te sufoca em segundos, tapando-lhe os olhos, ouvidos, narinas.

     Quando a culpa se torna maior do que a esperança, do que a vontade de viver e seguir em frente, é necessário dar dois passos para trás, bater de frente e mudar de caminho. Fim, feito, finito.

     A culpa é apenas uma covarde esperando para levar uma surra e correr com o rabo entre as pernas.

     Se você pudesse surrar uma das culpas que carrega em seu peito, se pudesse surrar e se livrar desse tormento, qual escolheria? Qual culpa decidiria tirar do seu coração? Qual fardo decidiria retirar dos seus ombros? Veja bem, é apenas um valentão que não teve a devida lição. Veja bem, você pode se livrar. Qual culpa escolheria?

     Ela escolheria a maior de todas.

    Os olhos pesados lutaram por segundos para que as pálpebras se abrissem, piscando inúmeras vezes em busca de foco em uma quase total escuridão. As pupilas envoltas de uma íris castanha se dilatando o máximo que podiam para que se adaptassem mais rápido à falta de iluminação.

     Sua pele estava quente e o corpo bem aconchegado. Seu braço direito apoiado sobre a barriga da garota nua e apagada ao seu lado. As dilatadas pupilas observaram de perto a bela mulher abraçada a Camila, permitindo-a suspirar ao aconchegar seu corpo ainda mais ao de Lauren.

     A jornalista estava definitivamente cansada, seu corpo pedia por repouso, sua cabeça estava um pouco dolorida e o desgaste da bela noite de amor havia deixado-a sem energias, mas algo a incomodava. Algo definitivamente incomodava.

     E ela sabia o que era.

     Com um cuidado extremo para não despertar sua garota, Camila desgrudou seu corpo do de Lauren com lentidão, enrolando-a completamente na coberta que antes as cobria até a cintura. Seus pés tocaram o chão gelado, o direito encontrou uma peça macia no chão, fazendo Camila não pensar duas vezes antes de esticar os braços e pegar a peça de roupa, vestindo-a.

     O pequeno abajur ainda aceso iluminava a razão para sua insônia: a carta de sua mãe.

     Camila não queria mais ser covarde, não queria mais ter tanto medo de algo que aconteceu há tanto tempo. Camila não queria mais prender seu coração a tudo aquilo. Ela queria se livrar. Tirar as algemas e se permitir ter um futuro limpo e claro. Com Lauren. Era muito por Lauren.

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