Número dois

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Lauren POV

O dia já estava acabando, pela manhã todos conseguiram pegar fruta e comer, na hora do almoço todos comemos comida enlatada, já estava escurecendo e eu tinha mandado todos irem até o limite da floresta onde tinha uma cerca baixa que era até onde eles poderiam ir. Claro que eu fiquei de olho na Cabello vai que ela entre numa fria novamente.

Olho ao redor procurando a mesma e não a vejo, reviro os olhos e me afasto dos outros e vou na direção a qual tinha visto ela pela última vez.

— Não ouse fazer isso - Cabello estava sentada em cima da cerca de madeira, ela tinha uma perna de um lado e outra para o outro lado da cerca. Ela me olhou assustada e se agarrou na madeira quando quase ia caindo - onde você pensa que está indo?

— Eu só estava aqui sentada - falou sorrindo amarelo e eu ergui as duas sobrancelhas mostrando que não acreditava - tá, tá, eu só queria ir lá.

Ela apontou na direção de uma enorme árvore que eu tinha certeza ser a maior daquela floresta.

— Mas eu falei para não saírem dos limites e também não atravessar a cerca - ela fez uma careta e coçou a cabeça - você escuta algo que eu falo Cabello?

— Eu escuto sim - ela tentou descer da cerca e ia caindo para o lado mas eu a segurei pelos ombros e ela conseguiu descer - obrigada...

— Você ia se perder de novo - soltei seus ombros e me afastei - já está ficando escuro e eu mandei vocês aqui pra ver se conseguiam algo pra comer.

— Me diz se não parece aquela árvore do filme rei leão - olhei mais uma vez a árvore e depois olhei para Cabello.

— Rei leão? - ela me olhou e afirmou com a cabeça sorrindo.

— Sim, a árvore ancestral do rafiki - ela ergueu os dois braços na direção da árvore - bem grande e cheia de galhos assim e o céu alaranjado logo atrás só deixa mais parecido ainda.

— Lembra a árvore onde a Kala encontrou o Tarzan - falo sem perceber olhando a árvore e arregalo os olhos.

— Você gosta de Tarzan? - continuo olhando a árvore e evito olhar na direção de Camila que estava me olhando e sorrindo.

— Vamos encontrar os outros - falo após pigarrear e voltar a minha expressão séria.

— Ah não - ela segurou na cerca - eu queria tanto ir lá, deve ser bonito olhar lá de cima, você não acha?

— Você cai de uma cerca dessa altura - aponto a cerca a nossa frente - quem dirá dessa árvore Cabello - ela fez um beicinho e eu me virei de costas - agora faça o favor de passar na minha frente e voltar até o acampamento.

Ela passou pisando forte ao meu lado e com os braços cruzados, ela resmungava algumas coisas que eu não conseguia entender. Caminhei logo atrás dela e vi quando chegamos próxima aos outros e cada um tinha algo em mãos, de fruta a peixe e até mesmo algum animal.

— Primeiro sargento - me viro e vejo Hansen chegando com algumas madeiras que eu mandei ela ir atrás pra fazer a fogueira - onde posso colocar?

— Coloque bem ali - aponto a marca que ficou da fogueira da noite passada - no mesmo local a qual fizemos ontem e a tarde.

Ela jogou a madeira no chão e me aproximei para ajudar a montar a fogueira, instrui ela e os outros a como deveríamos acender uma fogueira caso não tivesse fósforo, olhei pelo canto do olho e Camila estava batendo uma pedra na outra e prendia a língua entre os dentes mostrando está concentrada no que fazia, não acredito que ela tá tentando fazer fogo com duas pedras.

Confusão Militar Where stories live. Discover now