Terremoto

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Lauren POV

Levantei bastante cedo já que hoje iríamos precisar escalar as rochas ao lado da cachoeira, eu tinha que estar preparada pois Normani iria trazer as coisas, já que esse tipo de equipamento não deu pra trazer junto com todos os outros. Alguns soldados já estavam de pé, só faltava mesmo Hansen e Cabello, a segunda eu sei que não irá se levantar.

— Primeiro sargento Jauregui - me virei e vi que era Normani, bati continência e ela fez o mesmo - vim juntamente com Malik trazer os equipamentos, Brooke foi para o outro lado do acampamento levar para os outros...

— Ah, muito obrigada Major - peguei os equipamentos e coloquei ao lado da minha barraca com cuidado - achei que iria mandar por outros soldados e não vir pessoalmente.

— Preciso ver o desenvolvimento da sua equipe Jauregui - ergui uma das sobrancelhas e cruzei os braços - onde está a Cabello.

— Bom - pigarreei e troquei o peso da minha perna - Major, ela não vai poder participar desse treinamento...

— Por qual motivo? - me interrompeu - todos estão aqui com um só objeto que é o de aprender a servir e...

— Eu sei exatamente o que cada um deles está aqui pra fazer - falei um pouco ríspida e ela ergueu uma sobrancelha - Normani... digo, major - respirei fundo.

— Primeiro sargento Jauregui - a voz de Dinah me fez virar e olhar por cima do ombro - a Camila, digo a soldado Cabello.

— O que tem ela? - franzi o cenho.

— Eu fui na barraca dela e ela não acordava, eu chamei - ela parecia preocupada - então quando toquei nela pra poder desperta-la, ela está ardendo em febre...

— O que aconteceu com ela? - Normani perguntou ficando ao meu lado.

— Ela comeu algo que não fez bem a sua barriga, ela resolveu ir na floresta fazer suas necessidades e então...

— Ela se limpou com urtiga? - Normani perguntou erguendo as duas sobrancelhas.

— Sim - confirmei - mas acho que não é apenas isso que a deixou com febre - as duas me olhavam esperando explicação - ela se jogou no rio aquela hora da noite, deve ter pego um resfriado...

— Ela precisa ir para o alojamento - Normani falou seria deixando seus braços atrás do seu corpo - eu vou assumi seu acampamento agora Jauregui.

— O quê? - me virei em sua direção - mas hoje é o último dia.

— Justamente por isso - ela não me olhava, eu suspirei - você vai levar a soldado Cabello até o alojamento principal e cuidar para que ela fique boa e isso não se torne algo mais grave.

Dinah me olhou com as duas sobrancelhas erguidas e em seguida olhou Normani dos pés a cabeça e virou rapidamente quando percebeu que a major a olhava seria. Bati continência e fui em direção a barraca de Camila, olhei por cima do ombro e vi Normani falar alguma coisa pra Dinah que saiu marchando rápido em direção aos outros.

Cheguei próximo a barraca de Camila e me abaixei e em seguida puxei o zíper deixando a barraca aberta, coloquei apenas metade do meu corpo para dentro e vi que ela estava deitada de lado, estava agarrada ao lençol e tinha sua testa franzida, seus lábios estavam entreabertos e ela estava completamente suada.

— Cabello - chamei e ela do canto não se mexeu, eu entrei por completo na barraca e toquei em seu ombro, ela estava tremendo, deixei minha mão em sua testa e ela estava queimando de febre - Camila...

— Hum - ela resmungou sem abrir os olhos e eu fiquei de joelhos tentando imaginar um jeito de tirar ela dali de dentro.

Tirei o lençol de cima do corpo dela e passei um dos meus braços por baixo de suas pernas bem atrás dos seus joelhos, a outra eu passei em seus ombros e me ergui um pouco com ela com bastante dificuldade já que não dava pra ficar em pé por completo dentro da barraca, com muito esforço eu consegui sair de dentro da barraca e levar ela até o carro que Normani me indicou com a cabeça enquanto ela instruía os outros soldados na prova final do acampamento.

— Tá tendo um terremoto - a voz baixa de Camila soou bem próxima a meu pescoço e eu estremeci - está tudo tremendo...

— Não está - falei baixo - eu estou com você em meus braços apenas.

— Você está em cima de uma britadeira? - eu quis rir - você pula muito andando, sabia?

Eu não estava acreditando no que eu estava ouvindo, olhei em seu rosto e ela ainda estava de olhos fechados, suas bochechas estavam em um tom vermelho por conta da febre e alguns fios de sua franja estavam colocados em sua testa por conta do suor.

— Acho que você rebola demais - ela disse e pude ver um pequeno sorriso em seus lábios, eu parei de andar e fiquei olhando - o terremoto parou.

— Para de falar besteiras Camila - voltei a andar e com dificuldade abri a porta do carona e deixei ela sentada, passei o cinto - fique quietinha aí.

Fui até o outro lado do carro e entrei, passei o cinto e girei a chave que já estava ali, dei partida e peguei a estrada de terra que iria nos levar até o alojamento. Todo o caminho ela estava calada, em nenhum momento ela abriu os olhos, eu deduzi que ela havia dormido de novo já que sua cabeça tombava de um lado pro outro com o balanço do carro, eu reduzi um pouco a velocidade e deixei o meu braço a frente do seu pescoço com delicadeza, ela deitou a cabeça ali.

— Como eu vou passar a marcha agora? - falei comigo mesma - ainda bem que já está perto...

Avistei o alojamento e fui freando o carro lentamente e em seguida tirando meu braço e deixando sua cabeça derreada, desci do carro e fui até o outro lado e retirei o cinto de Camila e a peguei no braço novamente.

— O que aconteceu com ela? - um soldado que estava li perto perguntou.

— Quero que você providencie, pomada, remédios para febre - fui andando enquanto falava e ele me acompanhava e gesticulava com os dedos como se estivesse memorizando tudo que eu estava falando - quero também que consiga sopa e até mesmo um chá...

— Sim primeiro sargento - ele bateu continência - daqui a pouco eu volto com o que você me pediu.

Assenti e ele saiu marchando rapidamente dali, eu parei no meio do alojamento que não estava muito cheio já que a maioria estava na floresta fazendo atividades e missões, olhei pro alojamento onde Camila sempre dormiu e pensei em levar ela até lá, dei o primeiro passo e parei. Fechei os olhos não acreditando no que eu iria fazer, dei meia volta e fui em direção ao meu alojamento particular.

Entrei no mesmo e deitei Camila em minha cama, assim que ela sentiu o colchão em suas costas ela procurou um lençol e se enrolou. Fiquei em pé observando suas respiração pesada, fui até o outro lado e peguei uma bacia pequena e coloquei um pouco de água, peguei um pano pequeno e molhei, dobrei o mesmo e espremi um pouco da água, deixei o mesmo com cuidado em cima da testa de Camila.

Agora só esperar o soldado trazer tudo que eu pedi, tenho que despertar ela e fazer ela tomar o remédio e em seguida tomar um banho, depois de tudo isso ela precisa comer, creio que dessa forma ela ficará boa rapidamente.

•••

Confusão Militar Where stories live. Discover now