11. Eu fico um pouco nervosa perto de você

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— Então — disse Hermione, vacilando nervosamente. — Eu queria começar agradecendo por tudo o que você fez na sexta à noite. Eu realmente, realmente, não posso expressar o suficiente como estou agradecida por você ter vindo...

— Seja como for, Granger — disse Malfoy em tom desdenhoso — foi apenas uma resposta instintiva, qualquer Alfa teria feito o mesmo.

Hermione vacilou.

— Bem... a ideia que eles tiveram de me ajudar quase quebrou os meus braços, então tenho que admitir que duvido um pouco disso — disse ela, sentindo-se tensa.

— Não afirmei que todos eram inteligentes, apenas disse que teriam aparecido — ele retrucou.

Ela o olhou por um momento.

— Tudo bem — Hermione jogou as mãos para o ar com frustração — não foi nada excepcional, mas desde que você me ajudou duas vezes, eu queria dizer obrigada de qualquer maneira.

— Gratidão aceita, posso ir agora? — Malfoy disse, arqueando uma sobrancelha.

Hermione lutou contra o desejo de rosnar. Bom Deus, ela realmente estava se transformando em um cachorro. Queria chorar.

— Não. Não é por isso que queria falar com você — disse Hermione, bufando de frustração com o fato dele estar dificultando as coisas.

Ele revirou os olhos e cruzou os braços.

— Bem. Mas se você me arrastou para uma sala de aula abandonada apenas para discutir nosso projeto de Aritmancia, reservo-me o direito de te jogar um livro.

Hermione olhou para ele. Ela tinha esquecido o quão idiota Malfoy poderia ser.

— Por que diabos eu gostaria de discutir nosso projeto de Aritmancia em particular? Eu queria falar com você... — sua voz sumiu e ela corou. — Eu queria falar com você sobre... sobre...

Por que sempre que conversava com Draco Malfoy sua voz começava a subir em direção ao teto? Cada "sobre" parecia ser meia oitava mais alta que a anterior. Ela tossiu um pouco.

— Alguém te atingiu com um feitiço da língua tripla? — ele falou de forma arrastada. — Desembucha. Alguns de nós têm aulas e deveres de casa.

Talvez ela não pudesse fazer aquilo. Possivelmente havia outra opção que não pensara; algo que não envolvia um idiota como Draco Malfoy.

Não havia.

Pelo menos nenhuma opção que Hermione pudesse sugerir que não envolvesse a necessidade de um guarda-costas. Ela já sentia que era apenas uma questão de tempo até que alguém na escola descobrisse e as notícias vazassem para a imprensa. Se não queria que o mundo inteiro descobrisse e desenvolvesse um fascínio fanático sobre sua vida sexual, era imperativo encontrar uma solução que lhe permitisse continuar vivendo o ano acadêmico com uma aparência de normalidade.

Malfoy era sua melhor escolha no mar de infortúnios em que estava à deriva.

Pelo menos ele era bonito.

— Eu quero falar sobre sexta à noite quando estávamos na sala de aula — disse Hermione, forçando as palavras em um tom de voz baixo e firme.

A expressão de Malfoy se fechou abruptamente e seus olhos se estreitaram.

— O que tem isso? — ele disse, sua voz autoritária. Hermione lutou contra o tremor.

— Quando estávamos nos beijando pela primeira vez e depois você parou, porque eu ainda estava presa em um subespaço. Você disse que se eu não estivesse naquela situação, não teria nenhuma objeção em me beijar.

All You Want | DramioneWhere stories live. Discover now