12. Tão perto de ter você nos meus lábios

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Draco olhou para Granger e se perguntou se realmente estava entendendo a pergunta que ela havia feito. Seus olhos estavam escuros e suas bochechas coraram profundamente quando o olhou desesperada, cruzando as pernas fortemente enquanto continuava a falar.

— Você... você pode dizer não. Obviamente não é... — ela engoliu em seco — necessário para a marcação de cheiro. Não foi com isso que você havia concordado. Seria mais fácil para mim se eu soubesse onde estão os limites ou vou ficar constantemente preocupada por estar empurrando-os.

— Você está me perguntando se eu quero fazer sexo com você? — Draco disse com uma voz atordoada, tentando ignorar o desejo ardente de simplesmente tirar as roupas restantes. Ele deu um passo para trás.

O rosto de Granger ficou profundamente escarlate e ela baixou os olhos.

— Sim... — disse em uma voz diminuta.

— Eu pensei que isso fosse óbvio — disse ele, perplexo.

Granger abruptamente passou de vermelho para branco.

— Certo — disse em voz baixa. Então ela começou a tentar fechar a blusa enquanto desviava o olhar. — Bom saber. Nós... deveríamos provavelmente... escrever o que é e o que não é aceitável. Acertar tudo com antecedência. Se você não se importa. Isso seria útil para mim. Acho que vou agora, já que você tem aulas.

Draco piscou lentamente. Era bastante difícil formar pensamentos racionais, mas tinha quase certeza de que – de alguma forma – ocorreu um enorme mal-entendido de alguma espécie.

— Espere — rosnou, e então sentiu suas bochechas corarem.

Sua voz tinha o hábito misterioso de cair como um estrondo sempre que captava o cheiro de Hermione. Precisou fazer um esforço consciente para tentar manter seu tom em uma faixa normal, para que não parecesse constantemente como se estivesse rosnando para ela como um predador.

Granger o olhou bruscamente e tremeu um pouco.

— Espere — ele disse novamente em um tom mais normal. — Por óbvio, eu quis dizer que sim. Você achou que eu estava dizendo não?

Granger o olhou duvidosamente.

— Sim? — Ela disse, seu tom de voz esperançoso e seus olhos enormes enquanto o estudava. Isso lhe causou uma sensação dolorosa de puxão no peito.

— Sim — ele forçou a sair. — Eu já te disse que caso não gostasse de algo, diria a você.

— Eu sei — ela falou em um pequeno chiado e então se encolheu, curvando os ombros em volta do pescoço. — Eu só... eu não quero que você concorde com alguma coisa e depois mude de ideia. Se você não quiser, eu prefiro saber imediatamente.

Draco olhou para Granger, perplexo, enquanto ela levantava o queixo, escorregava da mesa e começava a ajeitar suas roupas e rapidamente consertar sua blusa rasgada.

— De fato — ela disse rapidamente em uma voz alta e nervosa — provavelmente deveríamos dar um tempo. Então você pode pensar sobre isso.

— O que? — Draco disse incrédulo.

— Sim. — Granger estava acenando para si mesma enquanto tentava abaixar os cabelos e evitava olhar para ele — Tempo... provavelmente seria uma boa ideia... Talvez um dia ou dois. Você pode... pode... pode me enviar uma coruja.

Draco ficou sem palavras enquanto ela continuava.

— Sim. Uma carta. E então poderemos discutir os termos, talvez em algum lugar mais ventilado como... a biblioteca. Apenas me avise; sim ou não. Você pode dizer não. Se você o fizer, eu vou... eu vou... tudo bem. Não vou continuar te pressionando nem nada disso.

All You Want | DramioneWhere stories live. Discover now