36. Epílogo: Venha o que vier

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Hermione olhou nos olhos de Draco e se sentiu como se fosse ouro líquido.

— Ei, alma gêmea.

O olhar dele estava elétrico enquanto a encarava fixamente. A maneira como ele olhava para ela a fez se sentir como se fosse o centro do universo.

Os cantos da boca dela se curvaram para cima.

— Ei, amor. — Sua mente ainda estava nublada de exaustão, mas havia uma sensação de alívio eufórico ao acordar e encontrá-lo ainda ao seu lado. Ela estendeu a mão e a pousou no rosto dele, sentindo a onda de magia entre eles. — Estamos vinculados.

O canto da boca dele se curvou.

— Sim.

Ela não sabia mais o que dizer. Eles apenas se entreolharam, experimentando a conexão.

Ela podia sentir as emoções dele. Todos aqueles sentimentos por ele que ela tinha tanto medo de não serem reais; que ela pensara talvez estar se iludindo por acreditar. Ela podia sentir todos eles. Eles eram mais reais do que ousara esperar.

Ele era dela. Tanto quanto ela era dele, ele era dela.

Eles tomaram um banho infinitamente longo e Draco a ajudou a desembaraçar seu cabelo quase emaranhado. Quando eles saíram do banheiro, descobriram que os elfos domésticos haviam entrado, limpado o quarto e colocado novos lençóis, travesseiros e cobertores na cama. Havia uma mesa próxima com pilhas de comida.

Draco deu um beijo na testa dela.

— Você deveria comer. Acho que você encolheu essa semana.

Hermione bufou e olhou para si mesma.

— Eu não me importaria se minhas curvas diminuíssem um pouco. Elas estão simplesmente absurdas. Na verdade, estava pensando em pesquisar feitiços de redução.

— O quê? — Draco quase gritou a pergunta. — Não! São minhas coisas favoritas em você... — Ele se interrompeu abruptamente quando ela olhou para ele e ficou envergonhado.

— Bem, uma delas — ele disse, acenando com a mão em sua direção. — Existem, é claro, outras partes de você das quais eu gosto ainda mais.

Hermione arqueou uma sobrancelha.

— E por outras partes, obviamente estou me referindo ao seu cérebro — ele disse suavemente, aproximando-se dela.

Hermione revirou os olhos e deu uma cotovelada nele.

— Certo. Essa é a forte impressão que tenho recebido. Meu cérebro está com uma demanda incrivelmente alta.

— Não fique zangada. — Draco ergueu uma sobrancelha e olhou diretamente para ela. — Não me lembro do meu intelecto ter sido mencionado quando você estava descrevendo em detalhes o quanto ama meu pau e meus peitorais.

Hermione sentiu seu rosto esquentar, mas se recompôs.

— Eu estava no cio. Meu foco no momento era... era limitado.

— Certo. De modo geral, seu interesse tem sido muito mais puro. — Ele disse, pairando sobre ela com um sorriso lascivo. — Essa foi certamente a impressão que tive quando você me fez a primeira proposta e sua voz foi sumindo enquanto você me despia com os olhos.

Hermione apertou os lábios e desviou o olhar.

— Eu estava muito frustrada sexualmente na época.

Draco riu e se aproximou dela.

— Eu sei. Eu estava bem ciente de como você estava frustrada. Pode surpreendê-la saber, mas uma parte considerável do meu tempo nos últimos meses foi dedicada a manter o controle de seu estado de frustração sexual. Suponho que você poderia dizer que é um hobby que eu tenho.

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