16. Eu queria ser um pouco mais amada

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Fazer sexo com Malfoy era extraordinário, viciante e surreal.

Quando tudo começou, foi fácil para Hermione mergulhar e tentar ignorar as rachaduras. Seria apenas temporário, lembrava a si mesma, então os aspectos disfuncionais não importavam.

Mas sua mente implacável não pôde deixar de tentar entender. Uma vez que não estava em constante estado de frustração sexual, havia mais espaço para perceber as coisas que preferiria ignorar.

Como o modo que Malfoy tendia a evitar fazer contato visual quando transavam. Ele a olhava nos olhos - somente se Hermione o olhasse primeiro - e depois baixava o olhar ou enterrava o rosto no seu ombro.

Eles não conversaram. Não de verdade. Havia trocas de palavras, é claro; sobre Aritmancia, para não mencionar todos os elogios e promessas feitas quando estavam fazendo sexo. Mas não havia muitas conversas reais. Hermione tentava às vezes, mas sempre que tentava trazer algo remotamente pessoal ou discutir o que estavam fazendo, a expressão de Malfoy se tornava abruptamente fria e as perguntas que ela queria desesperadamente fazer morriam em sua garganta.

Não arruíne tudo, dizia a si mesma, não arruíne o que você tem.

Ela engolia as coisas que queria dizer e apenas observava Malfoy cuidadosamente ao longo do dia.

Ele estava mais isolado do que ela imaginara. Daphne Greengrass e Blaise Zabini pareciam ser as únicas pessoas da sua casa com quem ele interagia. Parecia que seu relacionamento com Theodore Nott havia se tornado abruptamente espinhoso depois que Hermione e Malfoy começaram a fazer sexo. Hermione não tinha certeza se era devido a Nott desaprovar ou estar com ciúmes.

Ser capaz de trabalhar de forma pacífica na biblioteca novamente era deleitoso. Quando Hermione não estava estudando, beijando ou transando com Malfoy, ela praticamente morava na biblioteca de Hogwarts. A lição de casa para nove N.I.E.M.s a deixava quase sem tempo livre, apesar disso, estava tentando reunir uma compreensão semi-científica da biologia Alfa e Ômega por uma questão de sanidade. Uma vez que não conseguia resolver sua situação imediatamente, queria pelo menos entendê-la.

Os diários que Draco lhe forneceu foram um avanço, finalmente esclarecendo muitos aspectos de seu comportamento que eram tratados de forma extremamente vaga ou inconsistente nos outros livros que lera. Mas mesmo com os diários, as informações que Hermione podia reunir eram irritantemente vagas. Os pesquisadores faziam regularmente referências sem sentido às coisas que se recusavam a explicar.

A biologia Alfa, por outro lado, era generosamente explicada. Havia dezenas de livros sobre o tema dos Alfas, embora se concentrassem principalmente no comportamento Alfa livre da influência hormonal de Ômegas. A biologia também tinha sido exaustivamente estudada. Hermione poderia criar um Quadro de Punnett para explicar a probabilidade do genótipo.

Mas nenhuma dessas informações estava prontamente disponível em relação a Ômegas. O genótipo que permite a apresentação Ômega era quase impossível de ser rastreado. Não havia absolutamente nenhuma explicação prontamente disponível sobre como uma nascida-trouxa poderia de alguma forma terminar com um fenótipo para o genótipo mágico mais recessivo existente. Hermione havia encomendado dezenas de pesquisas de vários laboratórios bruxos que estudavam genética mágica, tentando encontrar as respostas. Tudo o que encontrou foram mais perguntas.

Ginny, para surpresa de Hermione, acabou sendo uma parceira de pesquisa extremamente solidária. Elas pegaram uma mesa na biblioteca, lançaram um Muffiato sobre a área e leram em conjunto os documentos de pesquisa. Hermione nunca passou muito tempo pensando sobre que tipo de estudante era Ginny. Ela sempre havia pensado em Ginny como sendo principalmente esportiva e boa em magia defensiva. Hermione se sentiu um pouco envergonhada ao descobrir que Ginny sabia uma quantidade surpreendente de teoria e genética mágica.

All You Want | DramioneWhere stories live. Discover now