Do outro lado do Trovão II

4 1 0
                                    

"Com o tempo, Lyn descia cada vez mais a terra e se interessava cada vez mais pelos humanos e sua vida cotidiana..movida pelo desejo de ser como eles; como que para sentir o que os humanos sentiam e fazer o que faziam.
Um dia durante uma chuva de Agosto ela abandonou o céu, desceu à  terra, assumiu um corpo de humana e saiu andando na chuva as 22:00 horas de sábado, disposta a não voltar mais pro céu."

Sábado 22:00.
Hurricane City.

O vírus Harth dizimou a América do Sul em menos de um ano.
Foi nesse tempo que pessoas como eu foram vistas, o projeto Nytt håp; Pessoas imunes ao vírus Harth que doariam seu sangue para que o Antivírus fosse Criado.
É claro que não deu muito certo,  nosso sangue era incompatível com todos os outros e o projeto acabou.

A chuva daquele sábado de Agosto castigava as árvores perto do posto de gasolina — Uma das poucas coisas que ainda funcionavam— Eu comprara um punhado de Besteiras na loja de Conveniência e a atendente me deu um sorriso amarelo depois do troco acompanhado do telefone dela.

— Até mais Theo! Boa noite

Aceno pro Cara do posto ,o qual nunca lembro o nome e vou em direção a minha casa –o Governo nos dera casas ,metade já vazias e destruídas depois do Último Surto na Suécia.

Um trovão solitário solta um grito no céu escuro, as calçadas se enchem de folhas levadas pela chuva até embaixo do viaduto.
Perto do fim do Viaduto,onde a chuva recomeçava,um clarão se projeta perto a antiga praça, e ilumina a noite e as gotas de chuva.
A luz se projeta e enche meus olhos.

Um trovão feroz se ouve no horizonte escuro, a claridade do raio desaparece e uma garota com roupas encharcadas e completamente desorientada sai de algum lugar na antiga praça, e como parecia correr não me vira a sua frente; ela surgiu do nada e tão rápido que não pude evitar de esbarrar nela ,que escorreu numa poça sobre a calçada e caiu perto do antigo balanço.

Ela parecia muito mal, não dizia coisa com coisa; antes de desmaiar em meio a chuva ela balbicou algumas palavras desconexas sobre a chuva e uma tempestade que estava por vir.

— O Trovão..!

— O quê? O que houve com você, qual seu nome?

Ela olhou uma Última vez pro céu e desmaiou sobre a grama encharcada da praça.

A chuva parou e um Trovão Feroz e Solitário gritou sobre nossas cabeças.

Dias de ChuvaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora