CAPÍTULO VIII

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Encostei na bancada da cozinha enquanto observava Bella, sua mão estava a centímetros do telefone, ela tentava esperar pacientemente.

Fiquei olhando o relógio, vendo os minutos passarem. Dez. Quinze. Dezoito minutos e nada. Hoje era dia dos namorados e Jacob tinha ido levar Isa ao cinema, as coisas entre eles eram estranhas — eles não namoravam, mas havia algo profundo na relação que eles tinham, algo intenso... parecia uma ligação.

Por fim, Bella desistiu de esperar um telefonema e discou o número do Billy.

Tocou sem parar. Talvez Billy estivesse dormindo. Talvez ela tivesse discado errado.

Ela tentou de novo.

No oitavo toque, quando ela estava prestes a desligar, Billy atendeu.

– Billy, sou eu, Bella... Jake já chegou? Ele saiu daqui há uns vinte minutos. Ele ia me ligar. – Isa ficou meio irritada. – Estava passando mal quando foi embora e fiquei preocupada.

Isso chamou minha atenção, Jacob estava passando mal?

– Me avise se precisar de alguma ajuda – ofereceu Bella. – Posso ir até aí.

Pensei em Billy, preso em sua cadeira, e Jake tendo de se virar sozinho... isso me apavorou.

– Tudo bem – concordou Isa. – Tchau – murmurou ela.

Assim que ela desligou o telefone eu fui ao seu lado.

– Jacob está passando mal ? – perguntei, preocupada.

– Ele estava com febre no cinema, mas Billy me garantiu que está tudo bem. – ela me analisou – Não se preocupe.

Isa deu um beijo de boa noite em Charlie e pegou a picape, ela iria dormir na casa de Jessica... provavelmente para conversar sobre a noite dos dias dos namorados. Tive a impressão que nossa relação de irmãs voltou à estaca zero.

Talvez eu devesse ver como Jacob estava antes de ir para o trabalho amanhã. Eu podia levar uma sopa - devíamos ter uma lata de Campbell 's em algum lugar na casa.

Percebi que todos esses planos estavam cancelados quando acordei cedo - meu relógio marcava quatro e meia - e disparei para o banheiro. Charlie me encontrou ali meia hora depois, deitada no chão, o rosto encostado na beira da banheira.

Ele olhou para mim por um longo momento.

– Virose ? – perguntou, por fim.

– Acho que sim. – gemi.

– Precisa de alguma coisa?

– Ligue para os Newton por mim, por favor – instruí com a voz rouca. – Diga que não posso ir hoje. Diga que peço desculpas.

– Claro, tudo bem – tranquilizou-me Charlie.

Passei o restante do dia no chão do banheiro, dormindo por algumas horas com a cabeça sobre uma toalha dobrada. Charlie alegou que precisava ir trabalhar, mas desconfiei de que ele só queria usar um banheiro. Ele deixou um copo de água no chão ao meu lado para me manter hidratada.

Acordei quando ele voltou para casa. Vi que estava escuro no meu quarto - já anoitecera. Ele subiu às pressas a escada para ver como eu estava.

– Ainda está viva?

– Mais ou menos – eu disse.

– Quer alguma coisa?

– Não, obrigada.

crescent moon - Lua Nova Where stories live. Discover now