Capítulo 10

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Luiza Catarina

- Onde você estava, sua filha da puta? - Ela grita e me dá um tapa na cara.

- Por que você me bateu, sua velha maluca? - Coloco a mão no rosto.

- Me respeita! - Ela começa a me bater.

Eu nunca revidei, até porque ela era minha mãe, mas agora sei que ela não significa nada para mim. Agora ela vai pagar.

- Presta atenção, sua velha desgraçada! Não vou aceitar que você levante a mão para mim! - Grito e começo a bater nela também.

Eu estava com tanto ódio, tanto ódio que não percebi quando ela já tinha desmaiado.

Olho para ela e vejo que está no chão...

Há muito sangue...

Minhas mãos tremem...

Há sangue em mim...

Corro para o banheiro para lavar as mãos. O choro é inevitável enquanto tento remover todo o sangue do meu corpo.

Pego meu celular e ligo para o Gregory. Só ele pode me ajudar.

- Alô, Luiza.

- Eu... Eu... Vem à minha casa, por favor. Preciso de você aqui agora. - Começo a chorar novamente.

- Estou indo. Fique calma.

Ele desliga a ligação e olho novamente para as minhas mãos, e o sangue ainda está lá. Volto ao banheiro, esfrego, mas não sai. Olho no espelho e vejo muito sangue.

Eu estava banhada em sangue; tinha sangue no meu cabelo e aos meus pés.

Ouço batidas no portão e saio correndo para abrir.

- O que foi, Luiza? - Gregory me olha preocupado. Olho atrás de Gregory e vejo os três homens.

Fernando,
Dominic
E o grandão do elevador.

- Por que eles estão aqui? - Olho e aponto para eles.

- A questão é por que tem sangue nos seus braços? - Olho novamente e o sangue diminuiu.

Ainda há sangue, mas não tanto como eu tinha visto minutos atrás. Passo a mão no meu cabelo e ele está seco.

- Minha mãe está no chão. - Digo, na hora do desespero, chamo aquela mulher de mãe.

Eles entram na casa e se deparam com a minha "mãe" no chão.

Em poucos segundos, Gregory corre até ela e começa a examinar.

- Pelo visto, temos uma assassina aqui. - Fernando fala, abrindo os braços como se fosse algo a se comemorar.

- Ela não morreu! - Olho para o corpo dela novamente e Fernando fica atrás de mim.

- Isso só me faz querer ainda mais você, Luzia. Sua vontade de vingança fez você matar a mulher que te criou. Quero ver quando souber quem matou o seu pai. - Ela fala no meu ouvido.

Tento fugir, mas ele me segura, colando nossos corpos e segurando meu pescoço, fazendo-me olhar para a frente.

Ele afasta meu cabelo e começa a beijar minha nuca.

- Não sei por que, mas vou achar incrível ver você matar algumas pessoas para mim. - Tento fugir, mas ele segura mais forte.

- Gregory, como está a mãe dela? - O grandão pergunta.

- Ela está aparentemente estável, mas vou ter que chamar a ambulância, Matias.

- Uma pena você não ter matado ela. Ela te fez sofrer tanto. - Ele para o beijo e encosta o queixo no meu ombro. - Você vai para a minha casa. - Ele diz isso e meu corpo trava e ele percebe.

- Não! - Falo sem pensar nas consequências.

- Eu vou para Minas Gerais. Você vai ficar duas semanas lá sozinha, chame seus amigos, faça uma festa. - Ele chega perto do meu ouvido. - Só não ouse sequer tentar ou cogitar algo com algum outro homem além de mim naquela casa.

- E se eu fizer, o que vai fazer comigo? - Olha brincando com perigo.

-Faz o teste. -Ele fala, mas não me solta, o que me deixa incomodada.

-Pode me soltar, por favor! -Tento me afastar, mas sou impedida.

-Eu vou te soltar quando eu quiser. -Aperta ainda mais minha cintura e segura meu pescoço novamente.

-Eu quero ajudar o Gregory. -Inventei a primeira coisa que veio à cabeça.

-Tanto faz. -Diz e me solta.

Vou até o Gregory, que como num passe de mágica já tinha cuidado da cabeça dela.

-Como isso aconteceu? -Ele aponta para a cabeça dela.

-Foi uma briga... -Falo, não olhando para ele.

-Uma briga bem violenta. -O grandão, que eu descobri que se chama Matias, falou.

-Se faz terapia, Luh? -Dominic perguntou.

-Não?! -Respondo desconfiada.

-Acho que tá precisando! -Matias.

Na ambulância chegou e finalmente levaram ela. O Gregory não foi na ambulância e o Fernando não deixou eu ir. Agora estamos os quatro nos olhando com uma expressão séria na porta da minha casa.

Estava tudo em paz...

"Deixa eu fazer uma besteira aqui."

-Você é o meu tipo de homem. -Falo com o Matias, que em um segundo olha para o Fernando.

-Você é bem aleatória. -Dominic fala com um sorriso travesso.

-Sim... Se Deus quiser, vai mandar um bonitão desse na minha vida. -Digo, e Matias fica me olhando indignado.

-Eu vou te mostrar um bonitão. -Fernando. -Vai ser a última coisa que você vai ver, vai ser o bonitão da minha arma. -Ele fala, e Dominic gargalha.

-Ela só está brincando. -Matias fala olhando para Fernando e apontando o dedo para mim.

-Não está não! -Gregory fala, deixando um clima ruim que eu vou estragar ainda mais.

-Não estou mesmo! -Chego perto de Matias e passo a mão em seu braço.

Fernando vem até mim, me puxa pelo braço, me joga na sua frente, e sinto uma dor aguda na cabeça.

8 horas depois...

Sinto uma pontada e abro os olhos devagarinho. Escuto algumas vozes conversando.

-Acho que ela morreu. -Acho que essa voz é do Dominic.

-Ela é muito louca. -Agora eu confirmo que essa é o Matias.

-Fernando vai matar ela ou ele infarta. -Gregory fala, e todos gargalham.

Tento me mexer, mas meus braços estão presos.

-QUE CARALHO TÁ ACONTECENDO? -Todos os três me olham.

-Fernando falou que é uma pequena punição! -Matias fala.

-O FERNANDO É MUITO UM ARROMB... -Alguém abre a porta com violência.

-Não termina essa frase! -Era o dono dos céus.

-Me solta! - Falo para o Fernando.

-Não!

-ME SOLTA!

-NÃO!

"Esse filho da puta vai me soltar agora."

-Então tá, até que é bem excitante estar amarrada olhando para esse pretinho! - Falo e em dois segundos o Fernando já estava me soltando.

"Como um cara como esse cai numa chantagem tão ridícula assim?"

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Pode conter erros ortográficos

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