Capítulo 12

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Fernando Bernardi

-Cara, pare com isso. Eu sempre trabalhei com você. - Um dos meus soldados fala.

-Exatamente. Você sempre trabalhou para mim e mesmo assim me traiu? - Falo sentando na frente do homem.

-Eu nunca te traí... - Diz.

-Você olhou de uma maneira estranha para a minha mulher. Eu não gostei. - Digo.

-Senhor, não tem nem um mês que vocês estão juntos.

-Não tem nem um mês que nos conhecemos, mas ela é minha mulher e não quero que olhe para ela. - Digo levantando e indo colocar um pouco de uísque.

-Desculpe-me, senhor. -Ele me olha.

-Você tem uma esposa e uma filha, você acha mesmo isso bonito? Cobiçar algo que não é seu, mesmo tendo o que lhe pertence? - Olho para o líquido no copo.

-Peço desculpas, senhor.

-Isso é um aviso. Agora saia. - Digo, bebendo meu whisky.

Quando ele levanta, alguém começa a bater na porta.

-Entre. - Respondo e o soldado para, esperando a pessoa entrar primeiro.

-Licença. - A dona dos meus sonhos aparece e o soldado abaixa a cabeça e sai rapidamente.

-Entre, meu bem. - Falo, olhando-a de cima a baixo e vendo o vestido.

-Eu só vim buscar o celular. O Matias disse que você pegou.

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Luiza Catarina

-Está aqui, meu bem. - Ele mostra o celular na mesa.

-Posso fazer uma pergunta? - Olho para ele.

-Pode. - Ele responde, levantando-se.

-Por que eu tenho que ficar aqui? - Ele se aproxima.

-Porque quero você perto. - Ele abraça minha cintura e começa a beijar meu pescoço.

- Eu quero ir para casa. - Tento me afastar dele.

-Me dê o que eu quero e poderá ir embora.

Ele me puxa, me colocando em cima da mesa. Segurando meu rosto, ele olha alternadamente para meus olhos e minha boca.

-Você mexe comigo. Nem imagina o quanto. - Aperta minha cintura.

Fico em silêncio, olhando para seus olhos, que agora estão mais escuros.

-Espero que entenda. Sempre consegui tudo o que eu queria. Não vai ser agora que não vou ter. Saí da merda apenas acabando com tudo que me impedia de chegar ao topo. Estou disposto a acabar com tudo que me impeça de ter você. Esteja avisada. - Dá um beijo no canto da boca e sai.

Passo a mão no cabelo.

"Estou completamente ferrada."

-Esse cara é maluco... -Falo comigo mesma.

-LUUUIZAAAA. -Gregory grita meu nome.

-ESTOU INDO. -Grito também e saio correndo da sala.

Nós saímos da casa e fomos ao hospital. O caminho foi tranquilo, era só eu e Gregory no carro.

-Luiza? -Gregory me chama.

-Oi? -O olho.

-Toma cuidado, esse caminho é perigoso, não podemos vacilar.

VOCÊ PERTENCE A MIMWhere stories live. Discover now