Capítulo 8

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Era como se eu houvesse sido atingida por uma onda muito arrebatadora. Milhares de sentimentos e sensações eu sentia efervescerem dentro de mim, mas eu só conseguia olhar para ele. E então ele me viu.
Talvez quem não entendesse de música, não tivesse percebido mas eu sim. Ao me ver Taylor errou alguns acordes, e errou a letra daquele velha canção também. E eu sabia que ele sabia tocar aquela música de olhos fechados, pois costumava cantá-la para mim, pois sempre foi a minha favorita: "Sweet child o' mine". Por alguns incontáveis segundos nossos olhares se cruzaram e era como se tudo o que tinha acontecido naquela noite era para que nossos olhos pudessem se encontrar de novo. Olhar para ele era como se eu tivesse encontrado algo que eu ansiava há muito tempo. Era como estar em casa de novo.

Fui arremessada de volta quando ele terminou a canção e com ela, nossa conexão, quando desviou o olhar. Mas eu ainda não conseguia tirar meus olhos dele. Taylor tirou seu violão do colo, e em pé disse algo que não consegui prestar atenção, acho que era algo do tipo em fazer uma pausa e entregou seu violão para um cara que estava mexendo no som. Eu estava eufórica como nunca estive. Depois de todos aqueles anos, ele estava bem ali na minha frente! Uma avalanche de lembranças da nossa adolescencia passavam na minha mente como um filme, flashes rápidos, sendo sincera.

Não conseguia deixar de sorrir. Olhar para Taylor e ver o quanto havia mudado. O cabelos antes de um loiro claro, agora se apresentava em tons mais escuros. Havia deixado o cabelo crescer, deixando as pontas de trás encostarem na nuca, além de ter ficado ainda mais alto do que eu conseguia me lembrar. Exibia um porte esguio, não sendo o tipo musculoso, mas pela camisa flanelada xadrez vermelha dobrada, dava para ver os bíceps ligeiramente definidos. Usava uma calça jeans preta justa nas coxas. Além de um all star um tanto surrado, também da cor preta.

Na hora em que ameaçou sair do palco, tive a esperança de que ele viesse falar comigo. Claro que faria isso! Foram muitos anos sem nos vermos! Respirei fundo e esperei. Entretando, esperei em vão, pois Taylor saiu de onde estava e se dirigiu até uma porta que tinha ao lado do palco, fechando-a atrás de si.

Continuei parada no mesmo lugar por alguns minutos esperando ele voltar, o que não aconteceu. Pra onde ele teria ido? Eu precisava falar com ele! Corri de volta até a mesa onde estávamos.

-Danny, aonde você...?

-Megan, aquele cara era o Taylor! Você... você...?-eu estava tão eufórica que não conseguia formular uma simples pergunta decentemente.

-Se eu sabia que aquele era o Tay? Sabia! A gente vem aqui quase toda sexta pra ele ver se apresentando. No caso todo mundo no Pub também.

-Então ele está aqui toda sexta?

-Ele está aqui todo dia. Ele é o dono do "R&B", Danny.

-E por que você não me falou que vínhamos no Pub do Taylor?

-Pra falar a verdade, não me liguei. É tão comum vir pra cá, que não me dei conta que você não sabia.-Pelo jeito Megan continuava desligada como sempre foi.

-Ele estava no palco mas entrou não sei aonde. Aonde posso encontrá-lo?-a ansiedade era notória em minha fala.

-Hã... geralmente quando ele não está tocando, ele fica pelo Pub, vendo se está tudo ok, às vezes ele fica no balcão de bebidas. Daqui a pouco ele deve aparecer. Você conhece o Tay também?-perguntou Scott.

-Sim, fomos grandes amigos. Ele que me ensinou a tocar violão...-dizer isso em voz alta depois de tanto tempo era algo estranho e agradável ao mesmo tempo.

Dream Girl [COMPLETO]Where stories live. Discover now