Dream Girl [COMPLETO]

Epílogo

— Vamos comer no Burger King! – pediu Lucy animada assim que saímos do hotel. Ela estava de férias na escola, então a trouxemos para aproveitar um pouco da turnê conosco.

— Mas comemos no Burguer King ontem. E a Danny passou muito mal... – Taylor comentou enquanto segurava a mão da filha.

— Nem me fale, meu estômago embrulha só de pensar. – senti aquele enjoo subir novamente pela minha garganta, como se não bastasse ter vomitado horrores um dia antes. Afinal, o que tinha naquele sanduíche?

Resolvemos comer em um restaurante próximo ao hotel em que estávamos hospedados, e apesar da comida parecer deliciosa, eu não conseguia olhar para nenhum daqueles pratos. Até que não consegui segurar e corri para o banheiro novamente. Suando frio, comecei a ficar preocupada que tivesse pego algum tipo de virose ou intoxicação. Taylor me esperou do lado de fora do banheiro preocupado.

— Está tudo bem, foi só um mal estar. Acho que devia ter algo passado no sanduíche. – voltamos para a mesa e Lucy pediu o celular de Taylor emprestado e o mexeu por alguns minutos. E depois virou para mim.

— Você vomitou de novo? – Lucy perguntou curiosa.

— Sim, mas já estou melhor. – disse enquanto Taylor pedia uma água para o garçom.

— E ainda está enjoada? – Eu confirmei não entendendo aquelas perguntas. — Yeeeeeeaaaah! – Lucy comemorou dando um soquinho no ar.

— Filha, não acho que seja legal comemorar o fato da Danny estar passando mal. – Taylor a repreendeu em tom de brincadeira.

— Estou comemorando porque finalmente vou ganhar um irmãozinho! Vocês demoraram demais para me darem um. – comentou agora tranquilamente enquanto bebia seu chá gelado.

— Que... que papo é esse de irmãozinho? — eu perguntei surpresa para Lucy.

— Eu ia te perguntar a mesma coisa, se vocês sabem de alguma coisa que eu não sei. – Taylor perguntou na verdade para nós duas. Ele tentou soar natural, mas estava ansioso por uma resposta.

— As mulheres quando ficam grávidas, sentem enjoo e vomitam muito. Eu confirmei agora na internet.

Tentamos argumentar com ela, mas a verdade era que a pulga atrás da orelha já estava lançada. Meu ciclo sempre tinha sido um pouco irregular, eu achava que estava atrasada uns dias, mas isso acontecia. Taylor tentou acalmar a filha, porém,  era ele quem estava uma pilha naquele instante. Tanto que mal terminamos o almoço, ele nos levou correndo para uma farmácia a fim comprar um teste. Tínhamos combinado que esperaríamos um pouco para ter filhos, e fomos vivendo. Chegamos a conversar de que, depois que terminasse a turnê, podíamos começar a pensar nisso como algo concreto.

Taylor estava tão nervoso que achou que voltar para o hotel demoraria muito, então para me matar de vergonha perguntou se não eu poderia usar o banheiro da farmácia para que eu usasse o teste. Quase bati nele diante daquilo, mas eu estava muito curiosa também, então acabei aceitando. Foram os três minutos mais longos da minha vida para saber se iria aparecer dois risquinhos ou apenas um. Enquanto isso, Taylor batia na porta a cada trinta segundos perguntando se já tinha o resultado.

Abri o banheiro da farmácia, com a melhor cara de paisagem que conseguia fazer, sem esboçar o que eu estava sentindo. Taylor me olhava sem entender nada enquanto eu saía da loja, e Lucy atrás. Caminhou atrás de mim indignado.

— E então? – Era fofo ver como ele não se aguentava para saber.

— O que? – fingi naturalidade.

— Eu não entendo essas brincadeiras que vocês fazem... – comentou Lucy, mas rindo mesmo assim.

— Você não vai fazer isso comigo, mulher. – não consegui não rir com a tamanha indignação dele e dizendo "mulher" no fim da frase. — Quer me matar de curiosidade?

— Claro que não! Ou eu teria que cuidar desta criança sozinha... – disse segurando o sorriso.

— Pois, então... criança? Vo-você está grávida?? – perguntou Taylor com o maior sorriso que eu já tinha visto.  Confirmei não aguentando mais fingir que eu não estava explodindo de felicidade.  — Vamos ser pais! Eu vou ver pai de novo! Vamos ter um bebê! – disse atropelando as frases, uma atrás da outra. —Eu vou ser pai! – Taylor me pegou no colo, me rodopiando no alto, e o melhor, no meio da rua.

— Eu vou ser irmã! – Lucy comemorava dançando, tão animada quanto Taylor.

Ele me pôs no chão e nos abraçamos os três, emocionados.

— Obrigado por me fazer o cara mais feliz do mundo. – disse Taylor antes de me beijar com os olhos marejados. Eu não consegui responder diante de tamanha emoção. Eu que era grata a ele, por tudo o que era para mim. E ainda mais agora, por me dar aquele serzinho que apesar de não saber que existia há minutos atrás, eu sentia que já o amava muito.

Nos dirigimos ao hotel de mãos dadas, quase saltitantes de tamanha alegria. Taylor de repente ficou calado como se estivesse muito pensativo.

— No que está pensando?

— Nos nomes, nomes de menina, nomes de menino.

— Oh não, lá vem outro nome de música. – Taylor mostrou seu melhor sorriso travesso antes de entrarmos no hotel.

E é isso pessoal, o último capítulo e Epílogo. Com muita gratidão que termino essa história, pois não foi fácil. Muitos obstáculos, mas aqui estamos nós.

E eu sou muito grata a vocês que acompanharam, vibraram e se emocionaram com Dream Girl assim como eu.

Muito obrigada!

Quero compartilhar com vocês que Dream Girl ganhou o concurso Talentos do Wattpad como 1° lugar na categoria feminina! Uhuuul!

E em breve Dream Girl terá várias novidades. Aguardem!

Beijos Beijos, Helena Yara Araujo