Capítulo 04 - O amor te encontra❤

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Chuck

A menina era louca, como pode ter passado três anos inteiros numa universidade sem ter aproveitado mais nada. Tem sempre mais do que se oferece, mesmo que por baixo dos lençóis.

Nós estamos no ápice da juventude, eu aproveito ao máximo tudo o que tenho e ela, por outro lado, é a primeira mulher que eu conheço que só pensa em estudar. Mas por trás disso tudo parece ter algo a ser desvendado, algo em seus olhos me dizem que ela tem uma marca grande que carrega.

Isso atiça a minha curiosidade.

Depois de ter sido rejeitado por ela eu fiquei muito bravo porque eu queria saber o porquê. Todas as mulheres que eu conheci, sem exceção, deram em cima de mim, mesmo que não conseguissem nada no final da noite. Tinha sempre aquela troca de olhares sedutora.

Mas essa aqui só tinha desprezo ao olhar para mim e um pouco de nojo também. Não tinha nenhum tipo de interesse nela por mim. Nada. Só um olhar mortal.

Nunca tinha apanhado de uma mulher, ela foi a primeira que teve tal coragem. Realmente diferente.

— Não é possível que um carinha como você não tenha sentido algo diferente por alguma das suas concubinas nenhuma vez – Me desprendo dos meus pensamentos.

Eu jogo a cabeça para trás e dou uma risada longa.

— Concubinas? É um pouco ofensivo, mas não. Eu nunca senti "algo diferente" – Gesticulei. — Mas também, nunca procurei por isso.

— Ué, o amor não é para ser procurado ele te encontra e onde você menos espera – Ela sorri de canto.

Ela tinha um rosto bem comum. Cabelos longos, castanho, bem liso. Olhos castanhos que a luz do sol ficava um pouco mais claros. Ela tinha um corpo bonito, era bem magra e sua cintura era fina, mas essa combinação era bonita. Seu cabelo estava preso agora, num rabo de cavalo bem mal feito, roupas que não combinavam em nada e um machucado no joelho.

Pelas suas pernas, percebi mais algumas marquinhas que pareciam cicatrizes antigas, mas apesar disso, ela parecia cuidar bem da pele.

— Pensei que não acreditasse no amor – Digo a ela.

— Eu nunca disse isso – Levanta uma de suas sobrancelhas.

— Pelo menos você parou um final de semana para visitar sua cidade? – Questiono, esperando uma afirmação.

— Não. Eu vivo na universidade o tempo todo – Eu me levanto e bagunço meus fios, indignado.

— Você é um alienígena? – Faço-a rir. — Isso é sério. Você tem sérios problemas. Você já é a melhor no seu departamento, porque não tira uma folga? – Solto, me arrependendo em seguida.

— Como sabe que sou a melhor? – Cruza as pernas e põe seus olhos em mim.

— O portal da universidade destaca os melhores, esqueceu? – Pensei numa desculpa.

Ela pareceu acreditar, pois não fez mais nenhuma pergunta. Na verdade, eu quis saber onde ela ficava no primeiro ano que entrou, depois eu dava algumas olhadas e via que ela começou a se destacar. Às vezes, enquanto estava sentado no gramado com alguém, sempre a via de longe conversando. Ou até mesmo com alguma nova medalha em mãos.

— Vamos. – Vou até meu carro e abro a porta do lado carona, para ela.

— Finalmente vamos voltar? – Ela sorri entusiasmada.

— Nem pensar. Já disse, vamos matar aula – Seu sorriso se esvai, mas ela entra no carro sem dizer nada.

Dou a volta e entro no banco do motorista, dando partida no carro. Pego meus óculos e coloco. Tiro o teto do carro, deixando que o vento batesse em nossas cabeças. Olho para ela e tudo parecia impressionar a garota. Posiciono um dos braços na porta enquanto seguia guiando na direção com outra.

Castelo de pedraWhere stories live. Discover now