Capítulo 15 - Pelo bem dele ❤

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Chuck narrando.

— O que aquela mulher tinha hoje? – Entrei no meu quarto batendo a porta depois do ensaio desajeitado que tivemos, logo após a conversa. — Eu também não sei porque fiquei tão irritado assim que a vi. – Baguncei meu cabelo.

— Mano... – Túlio me assusta assim que aparece saindo do banheiro.

— Está louco?! – Joguei uma almofada qualquer nele.

— Ih, está estressado é? – Riu, jogando a almofada de volta.

— Estou!

— Então "bora" para uma festa hoje... Hein... Beber um pouco, pegar umas gatas – Olhei para ele mortalmente.

— Nem pensar.

— Aff – Reclamou. — Você está mudando demais.

— Eu disse "nem pensar" só para o pegar as gatas, mas eu não vou recusar tomar uma dose não – Túlio abriu o maior sorriso do mundo.

— Isso aí mano! Partiu? – Ele estendeu sua mão para mim.

— Partiu. – Respondi.

Ele comemorou enquanto me jogava para dentro do banheiro para me arrumar. Tinha acabado de voltar do ensaio então realmente precisava de um banho.

Coloquei minha melhor roupa e meu melhor perfume. Nem sabia de quem seria a festa, mas eu ia, com certeza, beber umas boas doses para esquecer que aquela conversa bizarra com Anya existiu e que meu coração anda estranho perto dela.

Arrumei meu cabelo e saí do banheiro. Túlio estava no celular me esperando, ele estava mandando mensagem para alguém.

— Vamos? – Perguntei, pegando minhas chaves, celular e carteira e colocando no bolso.

— Vamos. – Ele se levantou e abriu a porta, passando por ela, ainda sem tirar os olhos de mim.

Apesar de toda essa raiva, eu só consigo pensar nela. Em todo caminho para a tal festa só ela me vinha a cabeça. Sua expressão me pedindo para não trair estava me corroendo porque eu estava sentindo como se estivesse fazendo isso. Mesmo assim, eu tenho que arejar e pensar, pois, ela mesmo está me deixando a beira da loucura.

Túlio e eu fomos em carros separados. Dei graças aos céus por não ter encontrado com Anya pelo campus. Acho que eu não aguentaria olhar para a sua cara me pedindo para não fazer o que ela pensa ser o errado a fazer.

Não consegui evitar, pensei nisso por toda a viagem de ida a festa. E claro, não me surpreendi por ter parado na casa de Fernanda depois de seguir o Túlio. Assim que estacionamos fui até ele.

— Está de sacanagem né? Podia me levar para qualquer outra festa, menos essa – Resmunguei.

— Qual o problema irmão? – Colocou o braço pelo meu ombro e me arrastou para dentro. — Olha só... A Fê só me pediu um favor e como bom amigo que sou, estou atendendo. Não me culpe. – Falou no meio da barulheira da festa.

— Eu já disse que tenho namorada, será que é tão difícil entrar na cabeça de vocês dois? – Desgarrei-me dele.

— Para mim é. – Fernanda surgiu atrás de mim, falando no meu ouvido. — Qual é, Chuck? Você sempre foi tão livre. Apenas tinha olhos para mim e as outras garotas te serviam de aventura. Íamos nos casar. – Suspirei.

Quando olhei para os lados, percebi que Túlio já não estava por perto e que Fernanda estava agarrada no meu braço e mesmo com minhas tentativas de me desprender não deram certo.

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