Capítulo 21 - A fé ❤

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Anya narrando.

Descrever o nervosismo é muitas vezes impossível. Eu só sei que minhas pernas só não estão bambas porque tem muita gente em volta, porém sinto minhas mãos suando frio enquanto aguardo Chuck aparecer. Eu realmente estou levando isso para um lado que não deveria.

Por um momento vi Iara de longe conversando com alguém, eu não conseguia ver quem era, pois a arvore cobria bem, mas ela não estava nem um pouco contente. Estou preocupada.

- Você está bonita hoje. - Olhei para o lado e Chuck estava sorrindo para mim. - Está empenhada em esquecer das coisas por um dia.

- Acho que sim. - Dei de ombros, fingindo me importar pouco.

Enquanto ele caminhava para fora da universidade e ia direto para um carro que estava estacionado ali, eu olhei mais uma vez para trás, entretanto Iara já não estava mais lá.

- Vamos? - Olho novamente para ele e meus pensamentos preocupantes se vão, apenas sorrio quando ele abre a porta do carro.

Acho que de todas as coisas que aconteceram comigo desde que cheguei aqui, andar de carro é uma das mais incríveis. É uma sensação boa poder ver tudo correndo tão rápido enquanto você está apenas olhando seu destino chegar.

Adoraria saber onde estamos indo, mas eu acho que o elemento surpresa me atrai mais. Olhando a cara de animação do Chuck percebo que ele quer fazer isso. Eu não evito o sorriso sair, era fácil sorrir olhando para ele fazer o mesmo.

Ele continuou a dirigir por um tempo até chegarmos há uma praça enorme, que tinha um enorme cartaz escrito: Feira dos Amantes.

- Feira dos amantes? Criativo. - Arqueei a sobrancelha e ele riu.

Olhei pela janela do carro enquanto ele estacionava e vi várias crianças com balões e alguns adolescentes comprando livros usados e quadros que provavelmente não foram reconhecidos mesmo sendo lindos.

Tinha várias antiguidades aqui, clássicos do romance. E claro, só haviam casais. Pelo menos, em sua maioria. As crianças que estavam no meio da feira estavam agarrados a seus pais, ou seja, uma família.

Quando dei por mim a porta ao meu lado estava sendo aberta e Chuck agiu como se fosse um motorista abrindo o carro para uma madame metida, eu só sabia rir da sua cara, ele empinou o nariz e tudo.

- Posso? - Ofereceu seu braço e eu aceitei.

Então ele me guiou para o centro daquela feirinha que tinha muita gente, o que significava alegria para todos os lados. Todos tinham sorrisos nos rostos e os vendedores estavam bem-humorados. De soslaio verifiquei alguns preços. Ok, alguns estão no meu orçamento.

-Vamos comer ali - Ele levou minha atenção para uma área que tinha mesas ao ar livre e apenas um food truck de comidas exóticas e típicas.

Na decoração tinha algumas lâmpadas por cima e a arvore que dava sombra para algumas mesas estava coberta por pisca-pisca. Isso a noite deve ficar estonteante.

- Senhor Wolves? - Uma das garçonetes perguntou e ele assentiu. - Vou levar vocês à mesa de vocês. - Sorriu e em seguida andamos atrás dela.

Ela deixou os cardápios em cima das duas mesas. Chuck e eu sentamos um ao lado do outro.

- Você topa ir na sugestão do chef? - Chuck perguntou, dado a nossa incerteza com o que escolher.

Eu, na verdade, estava com medo dos preços e do sabor. Porque as pessoas comem víscera de porco? E porque será que isso custa tão caro?

Castelo de pedraWhere stories live. Discover now