Capítulo 11 - Extravasar ❤

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Anya.

Ele tinha me deixava só para ir conversar com a mãe, aproveitei para pegar alguns petiscos e observar melhor a casa enorme na qual eu estava.

Algumas pessoas puxaram assunto comigo perguntando como eu havia conhecido Chuck e então eu apenas dizia que foi obra do destino que quis nos unir. Bem, se eu contasse a verdade não seria muito romântico e eu quebraria a promessa de não contar a ninguém sobre isso.

Via os olhares cerrados em minha direção de Fernanda, mas não me sentia nenhum pouco intimidada, pelo contrário, retribuía o olhar na mesma intensidade. Me perguntava quanto tempo ela iria permanecer naquele joguinho.

Começo a perceber o porquê de Chuck não gostar dela. Ela é mimada ao extremo e até agora não se mancou, eu pensei que ela teria um pouco de dignidade, afinal, ele não é lá essas coisas. A não ser que o interesse envolvido não seja apenas um capricho por alguém que não pode ter. Chuck é, obviamente, rico.

Eu peguei uma taça com apenas um suco natural de laranja e fiquei em pé, no canto da sala onde a festa estava acontecendo. Fernanda começou a caminhar em minha direção, pensei que a mesma já queria me dizer algo, mas ela apenas parou e sorriu. Fingiu um tropeço e derrubou todo seu vinho na minha roupa.

— Opa! – Ela levou sua mão a boca.

Eu nunca fui de ser a mais paciente das mulheres, eu já queria bater nela bem ali, mas não queria fazer o Chuck ficar envergonhado.

— Foi um acidente Anya, me desculpe. – Ela passa a mão na minha roupa, mas eu pego-a e tiro.

— Você é infantil de um jeito que não pensei que fosse – Rosno.

— Não seja tão radical, foi apenas um tropeço! – Ela continuava a dizer alto, como se eu tivesse a respondendo mal.

— Você enlouqueceu? – Chuck pega a taça de suco da minha mão e olha meu estado. — Estou falando com você Fernanda. Porque fez isso?

A menina desviava seu olhar, constrangida. Parecia que ela não contava com essa reação dele.

— E-Eu... – Ela aperta os olhos e respira, mas Chuck estava limpando minha roupa com um guardanapo. — Eu não fiz de proposito, eu não faria isso. Sua namorada que está dizendo besteiras.

Ele respira fundo e vira-se para ela.

— Ela nunca disse que foi intencional. Você é quem está falando isso. – Rosnou Chuck, a menina não disse mais nada, apenas se afastou.

Por sorte, quase ninguém deu atenção ao acontecido, pois onde eu estava era num canto mais vazio e quieto.

— Não precisa mais dessa atuação – Puxo o papel da sua mão e começo a me limpar sozinha.

— Deixa de ser chata! – Rosna, pegando-o o de volta. — Vem... Tem umas roupas aqui que podem servir em você – Ele me pega pela mão e começa a me arrastar.

Subimos uma enorme quantidade de degraus e passamos por um corredor com várias portas. Ao chegar ao final, tinha uma porta cor-de-rosa. Ele colocou a mão na maçaneta, mas hesitou um pouco antes de abri-la, mas respirou fundo e a abriu.

O quarto era todo com tonalidade rosa, bem claro. A cama tinha dossel, que era lindo. Uma mesa de computador com um notebook em cima, alguns retratos de uma menina morena de cabelos curtos junto com a senhora Wolves e Chuck por todos os lados, acima da mesa tinha um quadro cheio de fotos com ela e pessoas que acredito serem seus amigos e familiares.

Armário branco e rustico. Parecia o quarto de uma menininha, mas pelas fotos, ela parecia ter minha idade. Ele estava revirando o guarda-roupas procurando algo, em silêncio.

Castelo de pedraWhere stories live. Discover now