Capítulo 10 - Ela é diferente ❤

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 Chuck.

Como hoje era um dia muito especial, peguei minha melhor roupa no armário. Minha mãe sempre gostou de festas elegantes e eu respeitava isso então nunca convidei nenhum dos meus "amigos" baderneiros para irem lá. Ela gostava dos amigos dela da alta sociedade e uns dos tempos de escola, que mesmo sem condições como ela estavam sempre por perto como bons amigos e parceiros.

Eu admirava minha mãe pelo fato dela nunca ter feito distinção de classe em nenhum momento e não ter subido na vida pisando em ninguém. Só que acho que em outra vida ela foi uma vilã para ter um filho inútil como eu.

Sim, eu tenho consciência de que dou muito trabalho a ela, mas é porque eu não tenho motivos para ser de outro jeito. Eu não posso dizer que me sinto plenamente feliz, mas acho que posso aguentar viver como agora até um dia alguém me dar uma razão para mudar.

Ajeito minha gravata e passo mais um pouco de perfume. Olho-me no espelho para dar um último retoque no meu cabelo e estou pronto. Quando estavas prestes a abrir a porta Túlio a abre antes e me deparo com ele.

— Uau. Que elegância, aonde vai assim? – Ele segura meu terno com as duas mãos, mas eu tiro em seguida. — Vai dizer que vai se casar as escondidas?

— Você está começando com essas babaquices de novo? – Passo a mão no meu terno.

— Enfim, aonde vai? – Desvio meu olhar por um segundo, esperando uma mentira brilhante vir a mente.

— Amor? – Olho para frente e Túlio se inclina para a porta.

Anya estava bem vestida. Cabelo num coque alto e vestido azul novamente, mas um tom mais escuro que realçava sua pele. Maquiagem na medida certa e apenas um colar e brinco pequenos. Um leve perfume adocicado começou a passar por minhas narinas me fazendo ficar com meus olhos presos nela.

— Ah, então você é tão falada. Anya. – Túlio corre para lhe cumprimentar, mas empurro sua mão para longe e o olho mortalmente. — Aish, até nisso está mudando. Tão ciumento – Ele apenas entra para o quarto e pega seu celular, ignorando nossa presença.

— Porque veio aqui? – Fecho a porta, saindo do meu quarto e a puxando para longe, olhando em volta para ver se mais alguém a via.

— Já disse: sem contato físico. – Ela se desprende de mim e passa a mão sobre seu pulso. — Você me diz para ir a uma festa e me deixa esperando infinitamente, o que esperava que eu fizesse? Além disso, não atende o telefone – Bufa.

— Ah, mais não precisava entrar na ala masculina – Resmungo.

— Puff. Não é a primeira vez que faço isso. – Dá de ombros.

— O que? – A encaro e ela solta uma risada irônica.

— O que deu em você? Tantas perguntas idiotas. Vamos logo antes que eu desista de ir – Ela sai andando a minha frente e eu vou atrás, olhando ao redor.

Passamos pelo campus até chegar no estacionamento. Abri a porta para ela que apenas entrou sem dizer uma palavra sequer. Ela continuou em silêncio por todo o caminho até chegar a minha casa.

Em pensar que ela a primeira mulher que eu levo. Eu sabia que Fernanda estaria ali, pois a família dela e minha mãe eram amigos, por isso a trouxe, mas pensar sobre isso me faz lembrar que ela realmente é diferente, pois nem em meus sonhos pensei em trazer ninguém aqui em casa. Nem Fernanda. Ela apenas veio por ser uma perseguidora.

Eu estava preocupado com o semblante da mulher ao meu lado, então antes de sairmos do carro, fitei-a um pouco antes de perguntar:

— Porque está tão triste? – Ela não me olhou, apenas suspirou e continuou quieta por alguns instantes. — Anya. Eu não vou espalhar sobre sua vida por aí. Apesar de não parecer, eu sou bem confiável.

Castelo de pedraWhere stories live. Discover now