Chuck
Era real. O cabelo dela não era dos melhores, mas não era tão feio quanto eu disse ser. Talvez não devesse ter dito isso, ela nem ao menos me contrariou e nem me ofendeu depois, como sempre faz.
Sua pele também era muito bonita, apesar de ter olheiras por não dormir muito, mas quem é que estudando dorme bem?
Eu levei ela no salão que minha mãe sempre falava para mim quando chegava do mesmo, nunca dei muita importância a isso, mas agora me foi muito útil. Deixei ela lá enquanto fiquei andando pelo shopping, olhando as vitrines para comprar algo para ir à festa. Eu tinha que convencê-la a ir.
Ah, eu achava isso incrível. Eu. Chuck Wolves, tentando convencer alguém a fazer algo para mim. Ela realmente estava me dando novas experiencias. E eu não sei se gosto disso ou não.
Eu sempre vou rir na companhia dela, afinal, tudo nela me faz rir. Desde o cabelo oleoso até as meias de panda, mas ela também me faz ter muita raiva de eu ter que falar mais de uma vez a mesma coisa quando eu nunca fiz isso.
— Oi Charles – A voz de Fernanda perfurou meus ouvidos.
Apertei meus olhos antes de me virar com o sorriso mais forçado do mundo.
— Oi Fernanda – Ela estava com bolsas de compras na mão.
— Que coisa te encontrar aqui. Nunca gostou do shopping – Ela cruza os braços.
— Eu vim com minha namorada. – Ela riu de desdém.
— Ah é? – Meneio a cabeça afirmando. — E onde está ela? – Ela finge procura-la.
— No salão. Estou aqui apenas fazendo hora. – Dou um sorriso breve.
— Que coisa. Ela tem dinheiro para isso? Ah! Eu aposto que usou o seu. Ela é uma interesseira, mas tudo bem. Logo você vai ver isso. – A menina se aproxima de mim e coloca a mão no meu ombro. — Vamos ver quanto tempo consegue manter essa farsa.
— Não é uma farsa. Eu dei dinheiro a ela porque eu quis e faço o que quiser porque ela é minha namorada. – Arranco a mão dela de mim.
— Você não vai desistir dele, Fernanda? – Olho para trás.
Anya estava com algumas ondas e alguns centímetros a menos no cabelo. Tinha deixado seu rosto mais alegre e destacado um pouco seus olhos castanho. Ela estava com os braços cruzados e sobrancelha arqueada olhando para Fernanda.
— Claro que vou. Quando eu achar que devo, afinal, eu não acredito nada que vocês dois estão realmente saindo. Levar alguém para passear no shopping não é namoro. – Fernanda rebate.
— Ela vai à festa comigo hoje. Assim todo mundo vai conhece-la – Eu vou até Anya e seguro sua mão.
— Ha Ha. Essa eu não vou perder. – Fernanda deu de costas e saiu andando.
Na mesma hora desprendi minha mão de Anya.
— Festa Chuck? Eu disse que não iriamos a essa festa – Resmungou.
— Só por hoje. O pessoal precisa te conhecer e acreditar que estou mesmo namorando – Peço a ela.
Ela bufa, mas no fim, não contesta mais.
— Se vista bem, por favor, com uma dessas roupas que eu comprei. – Estendo a mão com as bolsas que estavam comigo e dou para ela.
— Claro meu amor – Respondeu, revirando os olhos.
Depois de colocar as coisas no carro e sair do estacionamento, o clima no carro parecia bem pesado. Ela estava quieta novamente e aquilo estava começando a me incomodar bastante.
ESTÁ A LER
Castelo de pedra
SpiritualAnya perdeu tudo que tinha muito cedo. Chuck sempre teve tudo e até mais do que merecia. Quando os dois se encontram por causa de uma estupidez a vida de ambos mudam e tomam um rumo diferente onde, sutilmente, segredos do passado virão à tona. "Cas...