14. ele conquista algo

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n o t a d a a u t o r a:

(início de janeiro quando eu voltei a escrever)

Oi. Eu estou de volta e bem feliz com isso. O capítulo na sua maior parte é o mesmo mas preferi escrever o resto aqui ao invés de colocar um novo como pt.2 . A continuação dele fica depois da nota da autora que eu fiz quando publiquei a primeira vez.

Espero que gostem.

Obs: faltam 6 capítulos pro final do livro.


i n d i c a ç õ e s p / e s t e c a p í t u l o :

west coast → imagine dragons - obrigada 

best part → daniel caesar ft. h.e.r

moonlight → ariana grande


14. ele conquista algo

Faltavam poucos minutos para eu sair da cafeteria e queria ir direto pra casa, só para ter certeza mais uma vez de que tudo estava no seu devido lugar, também aproveitar para continuar com o meu ritmo daquele dia de "entre uma bebida e um novo motivo pra ficar nervoso" depois da manhã preparando o apartamento e tendo certeza de que Lívia não fosse até lá para ver o que eu tinha feito com os mil reais que o ex dela tinha deixado.

Lívia não tinha dado um passo sequer para o que eu mais queria, só para mais longe. Nós nos beijamos e sentimos o rosto um do outro e só, até que toda vez que eu chegava perto dela, ela dizia que era muito recente. Seus olhos confusos, o sorriso longe de voltar.

O que eu tinha feito ia ajudar pra que ela não ficasse pensando no outro. Via que usar o dinheiro era uma ótima maneira de transformar o que ela sentiu em algo melhor, tinha certeza que era o jeito mais fácil de tirar aquele idiota da cena toda.

Respirando fundo, me encostei contra uma das estantes que as gurias tinham na parte dos livros. De dentro do meu bolso do avental tirei o pequeno frasco, daqueles que todos gostariam de ter de uma vodka toda pomposa, e tomei o que seria o último gole.

Sacudi minha cabeça, irritado, sentindo aos poucos a volta da ardência na minha garganta, jogando o vidro que não me servia mais de volta no bolso mesmo com um lixo perto de mim.

Eles podiam achar que eu era burro ou qualquer outra coisa, mas não era.

Tinha um motivo para eles não incomodarem com a bebida e o motivo era bem simples: eu escondia, já imaginando como todos os sermões iam aumentar. Eles não entendiam o quanto aquilo era importante pra mim.

Passando a mão no rosto, arrastei minha pele. Eu estava suando, não sabendo o que estava fazendo. Sem essas ideias de querer agradar ela, eu poderia viver todos os dias sem aquela pressão nos meus ombros. Sem, logo depois de cada coisa, pensar que eu ainda estava insistindo em algo que não consigo fazer, que não conseguiria realmente mudar.

E eu tinha dito isso pra ela, para piorar a minha situação. E ver que ela não se importava com essa minha frustração, constantemente me deixando de lado aquela semana, me incomodava.

Respirando fundo, abri os olhos, engolindo minha própria saliva e saindo da onde estava escorado. Olhando para o meu relógio eu decidi continuar com as roupas da cafeteria e ir apenas em busca da minha mochila.

Eu voltei para a visão dos outros e principalmente de Iara, os olhos dela que durante aquela semana inteira me seguiram, avisando que eu tinha me preparar para um questionamento.

Boa noite, Aquiles ✓Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora