Episódio 10 - E Restam Apenas 3 : Parte 3

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Como o esperado, as gravações de hoje acabaram um tanto quanto tarde, as emoções afloradas pela eliminação emotiva. Éramos apenas sorrisos.

E também como esperado, nem foi difícil sair de fininho do dormitório, já que a grande maioria da equipe estava bem cansada pela quantidade de trabalho. Não teve conversas paralelas ao terminarmos, só queríamos deixar tudo ajustado para o dia de amanhã. E ainda sem perder tempo, cada um foi para seus respectivos quartos, para recarregar energias.

Para ter certeza que não encontraria ninguém, resolvi tomar um banho um pouco mais demorado, nem me incomodando em lavar os cabelos, já que eu ia sair e a brisa da noite iria se encarregar de seca-los. Os fios ainda estavam úmidos enquanto eu passava pela entrada dos dormitórios.

A noite estava particularmente silenciosa e achei que se pegasse um carrinho para ir até onde o Chuck estava me esperando, faria um barulho desnecessário. Então, coloquei as pernas para funcionar e resolvi ir andando mesmo.

Ainda bem que eu trouxe meus fones de ouvido e coloco uma música para fazer companhia enquanto caminho. Cantarolo a música baixinho enquanto vou absorvendo a paisagem que a fazenda me dá.

Não é tão bonito os diversos armazéns montados durante o percurso, mas pelo menos eles são bem úteis.

E quando estou passando por um desses depósito, vejo que a porta está meio aberta e se mexe de leve com a porta entre aberta. Era bem comum isso acontecer, não passávamos a tranca na grande maioria deles, então o vento abria por vezes as portas.

Mas é melhor eu fechar, para evitar que nenhum bicho entre lá e acabe fazendo a maior bagunça...

Vou me aproximando e antes mesmo de acender a luz para ver se tinha alguma coisa lá dentro, percebo que a porta está entreaberta por um motivo.

O casal que está dentro do depósito estão tão envolvidos com os beijos e amassos que estão acontecendo, que nem perceberam que abri a porta e que não estavam mais sozinhos... Melhor eu sair daqui antes que...

É então que os vultos começam a ganhar forma.

Mas espera aí um pouco... Esse daí é o... E a...

A minha boca abre surpresa e acho que até algum barulho sai da minha garganta, mas antes que eu possa fazer algum barulho mais alto, uma mão cobre a minha boca.

E o cheiro bom e reconfortante dele me envolve.

A cabeça de Chuck passa por cima do meu ombro e eu ajusto melhor a cabeça para olhá-lo. Ele junta aqueles lábios tentadores e com a mão livre coloca um dedo sobre seus lábios, me pedindo silêncio.

Concordo com a cabeça, e então ele tira a mão da minha boca, abraça a minha cintura e começamos a andar de costas. Chuck vai colando o seu corpo no meu e eu jogo a cabeça pra trás, dando um beijo no queixo dele.

Assim que saímos do armazém e ganhamos uma distância segura, Chuck solta um suspiro engraçado, e me gira, colocando suas mãos na base da minha coluna.

— Francamente... Aquele cabeça de vento não tem a menor noção das coisas... Nem pra fechar a porta aquele apressado serve! De portas fechadas a chances deles serem descobertos é mínima... — a voz dele sai baixinha, e ele falha miseravelmente em parecer bravo.

— Se você está falando isso, eu realmente vi o que eu vi, não é mesmo? Aquele realmente era... — as palavras se embaralham na minha mente.

— Sim, o Taz — Chuck completa o meu pensamento.

— E aquela com ele, beijando era a...

O que Acontece nos BastidoresWhere stories live. Discover now