Episódio 13 - E quando chega o ao-vivo : Parte 2

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Olha só quem está de volta! — Taz já vai escancarando a porta do estúdio, girando o corpo de lado para que os meninos pudessem me ver.

— Muniz! — Bart diz com um sorriso e é o primeiro a vir falar comigo e me dar um abraço. O cumprimento.

— Oi Cat — Chuck aparece do lado do irmão e me rouba do abraço dele. E é uma delícia e tudo o que queria era aprofundar e melhorar esse abraço.

— Deixe um pouco pra mim também — Fred diz com um sorriso agradável e quando percebeu que tinha passado tempo demais me abraçando, Chuck lentamente me solta e deixa o percursionista me cumprimentar.

— Como vocês estão meninos, estão sendo bem tratados? — pergunto pra ninguém em particular e me esforçando para não focar demais na camisa clara do Chuck que realçava seus olhos bonitos.

— Melhor agora... — Chuck diz baixinho, mas não tanto quanto ele pensava.

— Você disse o quê? — Fred pergunta erguendo uma sobrancelha, acho que ele escutou muito bem o que o amigo tinha falado, mas, pelo menos, não fez mais nenhum comentário quando o Chuck apenas deu de ombros.

— Quer ficar e ver um pouco mais do ensaio? — Bart diz e puxa o Taz pelo pescoço. — E você vê se não foge seu folgado!

— Adoraria!

Sento num banco e controlo com muito sucesso os meus gritos de fã ao acompanhar de perto as músicas que eu tanto gosto passarem pelos meus ouvidos de uma maneira tão mais íntima e agradável que nos meus vários CDs.

A madrugada chega e eu nem percebo, já que estava me divertindo tanto.

— Por mim já deu por hoje — Fred diz, se levantando e alongando as costas. Ele vai guardar o violino que tocava na pequena case de couro.

— É, acho que a minha voz vai apreciar o descanso... — Bart também levanta, passando a mão pelo cabelo. — E você tem que descansar também seu demônio na bateria! — Taz ri e joga uma de suas baquetas na direção do vocalista.

— Vocês acham que eu malho pra quê seus azulados por ensaios? Tudo isso pra acompanhar o ritmo de vocês! — Taz joga a outra baqueta no Chuck que dá uma risada.

— Não sei sobre o que você está falando... — Chuck dá de ombros, mas dá pra ver a linha marcada do suporte do baixo em seu ombro.

— Vai deixar a KitKat lá no dormitório dela então se você é o mais descansado daqui seu falador...

— Eu... — Chuck começa a falar, mas é interrompido pelo seu irmão e Fred e somos praticamente enxotados para fora do estúdio.

Dou uma boa noite aos meninos que ainda ficam no estúdio.

— Não precisa fazer isso, você sabe né? — digo, retirando a chave do carrinho do meu bolso.

— Tá tudo bem, vou fazer esse esforço imenso de te acompanhar e ganhar mais um tempinho do seu lado... E melhor ainda, sozinhos... — ele sorri e percebo que senti uma falta absurda daquele sorriso.

Olhando ao redor, não vejo ninguém, e aproveito para dar dois passos na sua direção e encostar suavemente seus lábios nos meus.

— Então vamos! — finjo que nada aconteceu e começo a andar.

— Você é uma pessoa injusta. Mas eu adoro isso... — ele ainda estava parado onde eu o tinha beijado e quando viro em sua direção, ele começa a correr atrás de mim.

Entro na brincadeira e tento fugir dele. Mas nem se eu fosse fisicamente capaz disso eu fugiria.

E no caminho de volta ele disse e também me mostrou que também estava com bastante saudade.

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