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O dia amanheceu e Lili estava desperta há tempos, ansiosa para ir embora. Cole insistiu para passar a noite, mas ela o convenceu a ir para que ele pudesse dormir bem.

A loira dormiu um pouco mas quando despertou, antes do nascer-do-sol não conseguiu dormir mais. O mesmo enfermeiro que a levou para cafeteria no outro dia, era o enfermeiro que a estava observando, todos o chamavam de enfermeiro Bridges, mas seu nome era Leon.

- Bridges! - Lili chamou quando viu que ele passava no corredor.

- Já acordada?

- Tô, né? - ela riu - Pode me levar ao quarto de Kj?

- Olha, Lili, não sei se é uma boa ideia.

- Por favor! - ela pediu e fez a expressão mais fofa e pidona que podia.

- Ok, mas só um pouco.

Ela comemorou batendo palmas, como uma criança e ele sorriu. Ela se sentou na cadeira de rodas que sabia que não ia conseguir se livrar e foi em direção a UTI.

- Lili! O que faz aqui? - Kj exclamou assim que a viu.

- Essa teimosa aqui veio te ver. - o enfermeiro respondeu por ela.

- Queria ver meu amigo, não posso?

- De acordo com as regras não, mas vou os deixar a sós. - Bridges disse e fechou a porta.

- Assustou todo mundo hein? - ele diz em tom de brincadeira.

- Digo o mesmo - ela responde sorrindo - Como você está?

- Dolorido. Mas estou bem. E você?

- Estou bem, foi só estresse.

- Você não devia se esforçar tanto. Está tudo bem em não estar bem o tempo todo.

- É, eu sei.

- Cole passou a noite com você?

- Não, ninguém merece dormir naquela poltrona.

- Verdade. - Kj riu. - Sabe, naquele momento eu estava certo de que iria morrer. Foi assustador, mas não me senti mal, era como se eu estivesse pronto.

- Pronto pra nos deixar aqui? O que seria de nós sem você, Kj? - Lili disse.

- Não, Lili. Pronto pra me sacrificar por vocês. Entende?

- Entendo. Isso é muito nobre. - ela sorriu.

Logo a porta se abriu, revelando Leon.

- Lili, já deu sua hora. - Lili fez uma expressão contrariada - E os amigos de vocês estão lá embaixo.

- Até depois, fica bem, ruivo.

- Fica bem, loira. - Kj piscou pra ela.

Quando Lili já estava de volta a seu quarto, ansiosa esperando que aquelas horas finais passassem para que ela pudesse ser liberada, Alícia entrou.

- Oi, flor.

- Alícia! Você veio me ver.

- Claro que vim.

- Faltou em aula por mim? Estou impressionada.

- Para de ser boba. - Alícia riu. - Eu estava falando com Leon, você será liberada logo, logo.

- Que bom. Uma noite aqui parece muito mais tempo.

- Acredito. - ela diz se sentando na poltrona. - Vi Cole chegando com algumas pessoas. Talvez eles venham logo, logo.

- Quantas pessoas eram?

- Sete, contando Cole.

- Ah, entendi.

- Sabe, Lili - Alícia começou a dizer - Acho que você deveria ver um psicólogo.

- Por que?

- Eu aposto que seus níveis de estresse estão altíssimo. Não que seja assim que seja dito, mas você me entendeu. Você passou por muitas coisas. Deveria conversar com alguém sobre isso.

- Eu não sei, não acho que eu precise disso. Estou bem.

- Não, não está. Tem que assumir isso.

- Ali, eu estou, é sério.

- Está tentando convencer a você ou a mim? - ela fez uma pausa - Olha, eu sempre vou estar aqui, mas eu digo isso como sua amiga, você precisa ver um profissional. Eu vejo uma toda semana, o nome dela é Dra. Linda Martin, você poderia vê-la.

- Vou pensar, ok? - Lili se rendeu.

Algumas pessoas em uniformes hospitalares apareceram junto a Leon e levaram Lili para últimos exames até que pudesse ter alta. Alícia, então, foi para sala de espera, onde estavam Cole e os amigos de Lili.

- Oi, Cole. - Alícia disse - Oi, gente.

- Oi, Alí. - Cole a cumprimentou com um beijinho no rosto. - Pessoal, essa é a Alícia.

Alícia, bela garota de pele morena e cabelos curtos naturalmente cacheados. Os olhos escuros, pretos, mas tinham seu brilho. É como dizem, os olhos são a janela da alma. E sua alma era linda. A calça escura e o blazer rosa que vestia tinham o contraste perfeito em seu corpo.

- Oi! - Madelaine disse e se aproximou para um abraço.

Logo depois que a morena cumprimentou todos, eles se sentaram e começaram a conversar.

- Acabei de ver, Lili. Ela parece estar bem apesar de tudo. - Alícia disse.

- Ela sempre parece estar bem, mas ela não está. - Casey disse.

- Tentei dizer para ela ir ao psicólogo, conversar faz bem.

- Concordo. Eu mesma comecei a ver um. - Madelaine entrou na conversa.

- Então, eu acho que faria bem a ela. Mas não dá pra forçá-la. - Alícia disse.

- Talvez ela caia em si e vá. A verdade é que faria bem a todos nós. - Camila disse - Vou ver Kj, ok? Até mais tarde. - levantou e mandou beijinhos no ar.

- Jordan! - Drew estalou os dedos e sua frente.

- Oi! Que foi?

- Você tá no mundo da lua.

- Tá encarando a garota nova. - Vanessa disse.

- Cala boca. - Jordan retrucou. Porém sabia que era verdade.

Ele havia se encantado com a beleza fenomenal da garota. Alícia viu que ele o encarava e sorriu timidamente, voltando a conversar com Casey e Madelaine.

Cole se aproximou e disse:

- Lili pode ir. Vou levá-la e mais tarde venho ver Kj.

- Tudo bem. - eles disseram em uníssono.

Cole caminhou com Lili para fora do hospital e perguntou:

- Está com fome?

- Não muito.

- Já é quase uma hora, tem certeza que não quer comer nada?

- Tenho. Podemos ir a praça?

- Claro. - Cole sorriu e dirigiu até lá. - Por que quis vir aqui? - ele perguntou assim que chegaram lá.

- Um pouco de ar puro. - ela sorriu e antes que pudesse sair do carro, Cole a beijou.

Parecia que estavam há uma eternidade sem se beijarem, é o que dizem, quando começa não se consegue parar.

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𝔽𝕖𝕖𝕝𝕚𝕟𝕘𝕤🔹ʳⁱᵛᵉʳᵈᵃˡᵉ ᶜᵃˢᵗOù les histoires vivent. Découvrez maintenant