Anos Luz.

34.

TH.

Fiquei só manjando a Gabi um pouco de longe, gata demais seloco.

Me aproximei do balde pegando um cerveja já que a minha acabou, bebi igual água.

Coringa: Thiago te leva, ele tá de carro - falou com a Gabi.

TH: É, eu te levo - dei um gole na minha cerveja e ela me olhou.

Gabi: Vamo filho embora, se não você vai acabar dormindo aí na cadeira - pegou o Felipe no colo que tava puro sono. - Beijo gente, se der amanhã desço pra ver vocês. - se despediu do pessoal e deu um beijo no rosto daquele Thomás.

Babaca do caraio esse moleque, eu percebo o jeito que ele olha pra Gabi.

Olhar de apaixonadinho bobo tá ligado, deixa ele vim de graça pra cima dela que eu boto ele pra fazer missão em São Paulo por um ano inteiro. Vacilão.

TH: Bora Gabi - chamei de cara fechada que ainda tava se despedindo desse comédia, ela me olhou e veio na minha direção com o Felipe dormindo nos braços. - Demora da porra - reclamei.

Gabi: Ih, tá nervoso porque - andou do meu lado indo na direção do carro. - Ciúmes de mim é - deu risada.

TH: Que ciúmes oque fia, eu lá tenho cara de ciumento por um caso - falei de cara fechada.

Gabi: Quem não te conhece que te compre Thiago - gargalhou e eu abri a porta do carro pra ela.

TH: Quem não te conhece que te compre Thiago - imitei ela fazendo voz de mulher - Tenho cara de otário né - entrei no carro fechando a porta.

Gabi: Tem cara de retardado isso sim - ajeitou o Felipe no colo. - Tá com ciúmes de um amigo meu, que nada haver cara - deu risada.

TH: Já falei que não tô com ciúmes, tá chapando - falei ainda de cara fechada e dirigindo devagar.

Gabi: Tá, e eu finjo que acredito gatinho - tocou meu rosto debochada ainda rindo.

A real é que eu tava me remoendo de ódio e de ciúmes mesmo, o jeito que ela fica perto daquele moleque me dá vontade de agarrar ela e beijar essa boca na frente de geral.

TH: Mas eai, hoje vamo conversar sobre oque aconteceu no baile - falei pra provocar sabendo que ela ia ficar sem graça.

Gabi: Oque aconteceu? - fez a desentendida.

TH: Olha que falsona- falei fingindo indignação. - É sério pô.

Gabi: Tá, oque você quer falar e quer que eu fale? - disse sem graça.

TH: Sei lá, se foi bom e se você gostou - buzinei pra uma menina sair da rua se não eu atropelava. - Existe calçada pra isso porra - botei a cabeça pra fora do carro e gritei pra menina.

Gabi: Bom foi, não posso negar. A química bateu e você sabe - falou baixo com vergonha - Mas foi a primeira e a última vez né - tentou acreditar naquilo que falava.

E no papo, eu to disposto a ficar com ela mais vezes.

Estacionei o carro na calçada e joguei a chave pra um dos vigias botar pra dentro da garagem.
Abri a porta do carro pra ela descer com o Felipe e assim seguimos pra dentro de casa.

TH: Vai você achando que vai se livrar de mim tão rápido - falei assim que abri a porta de casa e ela entrou.

Gabi: Vou nem te falar nada - negou com a cabeça subindo a escada e indo colocar o pivete pra dormir na cama.

Deitei um pouco no sofá e fiquei ali pensando na vida e mexendo no celular, no escuro mesmo.

Passou uns quinze minutos e eu escutei ela descendo a escada e indo pra cozinha. O cheiro dela depois de um banho tava na sala já.