Gabi.
Fiquei olhando minha mãe na ponta da escadas sentada chorando e não tive reação nenhuma.
Não tem coisa pior do que ver nossos pais chorando na nossa frente.
Gio: Oque aconteceu? - foi até ela e eu continuei no mesmo lugar parada.
Minha mãe ia abrir a boca pra falar mas eu cortei ela na hora fazendo uma única pergunta óbvia pra matar a charada.
Gabi: Porque ele falou daquele jeito com o Thiago, oque ele sabe de nós dois? - perguntei já ciente que geral dessa casa tava sabendo oque tá acontecendo.
Carol: Ele sabe de tudo - levantou descendo as escadas. - Tentei reverter a situação mas fica difícil quando a sobrinha pega o tio - paralisei com a fala dela encarando a Giovanna.
Gio: Não fala coisa que tu não sabe nem da metade, mãe - deu bronca e eu continuei parada.
Gabi: Liga pra Rosa ir pra casa do TH ficar com o Felipe, preciso ir resolver um negócio. - falei com a Gio ignorando totalmente a minha mãe e subi as escadas indo pegar o meu filho.
Abri a porta do quarto e ele estava dormindo, pra mim não importa, tirei ele rapidamente da cama pegando no colo e descendo as escadas devagar.
Peguei a sacola com os celulares e dei uma olhada pra Giovanna acenando com a cabeça e saindo dali.
Acho que não sou bem vinda num lugar onde não querem nem escutar oque eu tenho pra falar né.
Subi aquela ruas no ódio desse sol, o Felipe pesado pra cacete não acordou e tava no meu colo ainda.
O suor escorria pelo meu corpo todo, a sorte é que a casa do Thiago não é tão longe assim. Foram uns quinze minutos andando e quando cheguei em frente o portão, a rosa já estava lá na calçada sentada me esperando.
Ruan: Eu levo ele lá dentro - pegou o Felipe dos meus braços e eu agradeci.
Gabi: Oi Rosa, tudo bem? - dei um beijo no rosto dela. - Entra aí.
Ela veio me seguindo quieta e eu sentei no sofá.
Rosa: Fia deixa eu te perguntar, hoje eu tenho um culto especial na igreja, mas queria saber até que horas é pra eu ficar com ele. - perguntou tímida.
Gabi: Menos de duas horas, só vou na boca falar com meu pai. - levantei recuperando o meu ar que ainda tava espalhado pelas ruas que eu subi - Tem de tudo aqui em casa, pode ficar a vontade, quando eu voltar já te dou o dinheiro. - ela concordou sentando no sofá e eu saí indo na direção dos vigias. - Leva eu lá na boca por favor - olhei pro Ruan que já subiu na moto ligando.
Moleque achou que tava na Disney só pode, quase voei daquela moto com a velocidade que pilotava.
Quando chegamos em frente a boca, desci até desnorteada de tanto vento que tomei na cara.
Ruan: Foi mal aí dona - deu risada do meu estado.
Gabi: Na próxima eu venho andando mesmo, assim o vento não me leva - sorri de lado. - Valeu aí.
Entrei na boca com calma e nem bati na porta, eu sabia que ele estaria sozinho.
Não vim pra discutir ou algo do tipo, eu só quero esclarecer e tirar essa tempestade que eu causei com o Thiago.
Não acho justo os meus pais se separarem por culpa minha, nada haver isso acontecer.
Gabi: Pai - virou me olhando e logo em seguida virou o rosto de novo. - Vai conversar comigo ou vai me ignorar como se eu não fosse ninguém?
Coringa: Quer que eu faça oque, beije teus pés? - levantou me olhando.
Gabi: Não, não quero. - me aproximei. - Me explica oque tá acontecendo. - fiz a sonsa.
Coringa: Gabriela, no papo eu não quero discutir. Se veio aqui pra fingir demência, pode voltar pra tua casa - falou seco.
Gabi: Você só sai dessa sala quando se resolver comigo - tranquei a porta e guardei a chave.
Coringa: Eu não ia sair mesmo - deu de ombros - Vou dormir aqui e quem vai embora é tu - debochou de mim e eu fiz cara de tédio.
Gabi: Oque tu sabe? - sentei no sofá ficando de frente pra ele. Falei com tanta calma, como se eu estivesse cansada mesmo de esconder aquilo.
Coringa: Sou tudo, menos otario né - negou com a cabeça - Onde tu enfiou o juízo quando começou a pegar o Thiago? - perguntou na cara dura.
Gabi: Não faz muito tempo - bufei triste - Eu não mando nos meus sentimentos pai - falei sincera.
Coringa: Caralho Gabriela, isso foi pior do que uma facada nas minhas costas, de verdade. - falou decepcionado. - Tantos caras pelo morro, tanta gente pra tu se apegar mas aí tu prefere o homem que eu escolhi pra ser teu padrinho. Eu não sei nem oque pensar sobre isso.
Gabi: Sabia que eu me questionei e me culpei por ter deixado isso acontecer? - olhei pra ele - Mesmo pensamento que tu tem, eu também tive no começo. - me encarou - Porque martelar a mente desse jeito? Não tem nada demais nisso, beleza que tu escolheu ele pra ser meu padrinho e eu cresci vendo ele como um tio. Mas pai, eu cresci, já sou até mãe! - meus olhos se encheram de lágrima. - E de verdade, eu também não queria, lutei contra os meus sentimentos e não consegui.
Coringa: Tu me fala tudo isso na maior cara dura? - fez cara de ofendido. - Não consigo achar normal Gabriela, isso pra mim é pilantragem. Se tem maldade em você hoje em dia, é porque tinha também quando ce era pequena. - olhei chocada pra ele.
Gabi: Não viaja, Murilo. - levantei negando com a cabeça - Tu conhece ele a anos e sabe bem quem é a pessoa que eu tô me envolvendo. - ia abrir a boca pra falar mas escutamos uma terceira voz.
TH: É isso aí - botou a cara na janela fazendo eu me assustar.
Coringa: Que fofoqueiro filho da puta - me olhou indignado. - Ele tá escutando nossa conversa inteira pela janela Gabriela, é com esse homem que tu tá namorando? - cruzou os braços.
Não aguentei e comecei a dar risada mas parei quando vi a cara do meu pai.
TH: Abre a porta aí pra mim - me olhou com a cabeça na janela ainda.
Gabi: Não estamos namorando, tu que tá criando paranóias aí na cabeça - apontei pro meu pai indo abrir a porta.
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Anos Luz.
FanfictionEstamos Anos Luz daquele lugar, nem sei como vim parar aqui. Tua língua eu não entendo eu só sei que tu é chata e muito gata pra mim. Eu vim de lá, eu vim de longe, de longe de cá. Eu vim pra te ensinar que quando o beat dropa a gente nunca mais pod...