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Coringa.

GP: Moio - levantou olhando pro celular - Gabi acabou de avisar que a polícia tá indo pro hospital.

Encarei ele negando com a cabeça.

Fabinho: Nois tem que fazer alguma coisa, sei lá, ir buscar ele - me olhou.

Coringa: Esquece - continuei sentado vendo eles dois me olhar.

GP: Esquece o que truta, não pode fazer esse esforço pelo teu irmão, namorado da tua filha? - cruzou os braços.

Fininho: Vocês tão chapando - se manifestou. - Entendo que é o pai de vocês taligado, mas é cavar a própria cova indo buscar ele - negou com a cabeça - Essas hora a polícia já deve tá chegando lá, aí nois brota pra sequestrar ele do hospital e sai todo mundo preso. - se remexeu no sofá e fez cara de dor.

Concordei com oque ele disse.

Coringa: Se for pra ele ser preso, vai ser. - falei sério. - Nada que uma boa fuga tire ele de lá.

Fabinho: Tenho certeza que se fosse você - apontou pra mim - prestes a ser preso, ia querer sair de lá na mesma hora, mas tá suave. Meu pai vai ficar sabendo disso. - apagou o cigarro.

Coringa: Tenho que te dar explicação nenhuma não moleque. - levantei um pouco sem jeito e com dor. - E se fosse eu, preferia mil vezes ser preso sozinho do que a tropa toda. Burro. - sai da boca sem paciência.

Acendi um baseado e fiquei fumando sozinho até o Fininho sair daquela sala na maior demora da porra, eu loco pra meter o pé pra casa e ainda tenho que levar esse infeliz pra minha casa. Por que quer dormir com a minha filha, era só oque me faltava mesmo.

Fininho: Ajuda eu aqui ne caralho - reclamou ao tentar descer a escada.

Coringa: Toma no cu mesmo viu - reclamei indo ajudar. - Virei tua babá não filho da puta.

Fininho: Mas virou sogro - falou fazendo graça e eu dei uma apertada básica nos pontos da bala. - Tô zoando porra, faz isso não - dei risada - Só não te arregaço aqui agora porque eu não sei quem tá mais fudido, eu ou você que já tomou um pau hoje - gargalhou.

Coringa: Começa que eu te deixo aqui e faço ir embora andando - segurei a risada ajudando ele entrar no carro.

Entrei no carro e comecei a dirigir devagar, tô com dor no corpo todo, olho todo inchado e roxo. To podre caraí.

Coringa: Vai embora pra tua casa né - meu sonho.

Fininho: Ata - deu risada. - Pra tua, hoje eu vou dormir na casa do patrão, me respeita. - gargalhei.

Coringa: Tu é abusado mesmo né - neguei com a cabeça rindo.

Fininho: Preciso de carinho, tô carente e dodói.

Coringa: Vem aqui que eu acaricio o teu cabelo enquanto tu mama meu pau, minha putinha. - puxei a cabeça dele que ficou desesperado.

Fininho: Sai fora loco, tem medo de morrer não é - se afastou rindo, comecei a prestar atenção nas ruas até uma loca entrar na frente do carro e eu freiar com tudo.

Ray: Cuidado amor, quer me matar é - veio até a minha janela passando a mão no meu peito.

Coringa: Tira a mão de mim retardada - quase quebrei o braço dela. - Tô te dando liberdade desde quando.

Fininho: Vou pedir pra patroa brotar na tua casa e te dar um pau, lambisgóia - segurei a risada.

Coringa: Essas ideia mesmo Fininho. - virei a chave ligando o carro.

Ray: Vai dizer que não sente a minha falta Murilo - olhei pra ela igual um demônio.

Coringa: A primeira e última vez que eu te comi foi a três anos atrás, quando meu casamento teve uma crise e eu fiquei solteiro. Tá achando que é buceta de ouro pra ficar na mente - acelerei o carro saindo dali.

Fininho: Já comeu ela também? - me olhou e eu concordei rindo. - Quase deixei ela na cadeira de rodas.

Coringa: Quem nunca comeu ela carai, o morro todo passou ali. - dei risada - Filha da puta ainda fez eu pagar ela depois da transa, só me exturquiu.

Estacionei o carro em frente de casa, fui saindo e entrando pra casa.

Fininho: Tá esquecendo de mim porra - gritou de dentro do carro e olhei pra trás.

Coringa: Já te falei que não sou tua babá Fininho - voltei pro carro abrindo a porta e ajudando ele a descer. - Quer que eu pegue no colo também?

Anos Luz.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora