35.

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Gabi.

Nada melhor do que se hidratar tomando uma água, tomar um banho e se sentir cheirosa.

Me apoiei ficando de frente pra pia bebendo minha água e lembrando que amanhã tenho psicóloga on-line com o Felipe.

Era impossível eu ir no asfalto só pra ir na psicóloga, o meu medo não deixava e meu pai também não.

Em meio aos meus pensamentos senti uma mão na minha cintura e já gelei sabendo que era o Thiago, do jeito que eu estava fiquei. A única diferença é que eu tava de olho arregalado sem saber oque fazer.

TH: Eu falei que não ia desistir de ti - cheirou meu pescoço fazendo eu me arrepiar.

Gabi: Pô cara, vou ter que dar um chute no teu saco? - perguntei em meio aos arrepios ainda de costas.

TH: Tu tem certeza que não me quer? - me virou de frente pra ele me encarando nos olhos.

Gabi: Assim tu me quebra - fiz bico implorando pra não me deixar decidir isso.

TH: Se você falar que não tem certeza, eu te beijo agora - ficou com o rosto próximo do meu colocando a mão por dentro do meu cabelo.

Gabi: E se eu falar que tenho certeza? - perguntei com a respiração desregulada sentindo ele muito perto.

TH: Ai eu vou te provocar até você chegar em mim e falar que me quer - beijou meu pescoço fazendo eu fechar os olhos. - Eu sou carinhoso com tu mas sei te provocar na medida certa.

Gabi: Sabe mesmo - falei sem pensar em meio ao prazer dele cheirando e beijando meu pescoço com tanta pegada.

TH: Eu sei que tu quer mais que eu - pressionou meu quadril com o dele apertando. - Não da pra negar, não dá - segurou meu queixo me apertando e tomou a minha boca em um beijo veloz e com vontade.

Eu não queria, mas como que resiste com ele me atentando desse jeito?

Ainda sou mulher e tenho meus pontos fracos e esse filha da puta conhece direitinho cada um deles. A história de "não quero homem agora" é verdade, mas uma tentação dessa ninguém recusa.

Retribui o beijo na mesma intensidade, ele me pegou no colo ainda com a boca na minha me colocando em cima da mesa da cozinha.

Não vou negar, tava surreal de bom. A pegada dele, o jeito que ele me beijava com vontade e prazer, a puxada de cabelo que ele me dava.

Senti seu pau duro roçando na minha perna e foi aí que eu caí na real e voltei pra minha vida de mulheres conseguem viver sem homens. Chata porém minha meta, não me julguem.

Afastei nossa boca devagar querendo ficar, mas infelizmente eu tinha que tomar vergonha na cara sua piranhuda caçadora de tio.

Gabi: Ô meu Deus, como que eu vivo na mesma casa que esse homem? - falei assim que terminamos o beijo e ficamos nos olhando.

Ele deu risada passando o dedo nas minhas bochechas me admirando.

TH: O dia que acontecer algo a mais com a gente, pode ter certeza que eu vou ter ejaculação precoce - não aguentei e gargalhei.

Gabi: Tu estraga até um momento legal - dei um soco no seu peito ainda rindo.

TH: Então quer dizer que você gostou - mordeu meu lábio de baixo e eu fiquei sem graça.

Gabi: Acho que vou ir ver se o Felipe ainda tá dormindo - desci da mesa dando um migué e ele segurou meu braço.

TH: Tá fugindo de mim né - concordei rindo - Vai lá então, qualquer coisa tu sabe onde é meu quarto - me puxou pra ele dando um beijo na minha boca denovo só que dessa vez apertando a minha bunda.

Gabi: Tchau, tio - debochei dando as costas e senti um tapa na minha bunda que até a China ouviu. - Nossa eu vou te matar. - falei ainda de costas.

A vergonha falou mais alto que tudo, segui meu caminho pro quarto sem nem olhar pra trás.

Tem gente que beija primos de sangue, então acho que Deus vai me aceitar no céu por beijar o homem que eu considero tio e é meu padrinho também né?

Esse era o meu pensamento até o quarto.

Anos Luz.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora