[1] Red Velvet

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#APorraDoFioVermelho

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Eu odeio romance.

É assim que eu quero começar contando essa história, porque ela é sobre mim e nada me define melhor do que essa frase. Porque eu odeio romance com todas as minhas forças. Puta que pariu, como eu odeio! Ainda que, para todos os defeitos, isso seja um romance e eu o "mocinho" dele. Contudo, é sempre bom deixar claro que eu não sou um mocinho que se preze.

Veja bem, só se espera coisas boas do mocinho. Que ele seja doce, meigo, nobre e tudo o que há de bom nessa merda de mundo. Se espera tudo, menos que ele esteja sentado dentro de uma estação policial com um hematoma no canto da boca, sendo encarado por um cara usando um gorrinho de Papai Noel, mesmo que sequer estejamos perto do Natal.

— Tá olhando o quê? — pergunta o cara sentado a poucos metros de mim. — Quer ganhar outro soco?

Bufo o ar com violência, me virando para o policial na minha frente. Nesse instante, ele devora um maldito pedaço de pizza.

— Vem cá, não tem como me soltar, não? — Ergo as mãos algemadas. — Essa merda tá machucando.

— Só está algemado porque estava alterado e não colaborou com os guardas — ele responde sem sequer me olhar.

— Nem foi isso que eu perguntei... — resmungo, me jogando para trás na cadeira e observando o teto, praguejando em silêncio.

Algumas lâmpadas do terminal policial estão com defeito e ficam piscando sem parar. Quando não estou olhando pra elas, caio na tentação de olhar para o filho da puta do Noel sem dois dentes da frente. E aí ele me grita mais uma ofensa:

— Se quiser apanhar, é só pedir, playboy!

Playboy... eu quase dou risada na cara dele, mas evito porque não quero brigar com mais ninguém. Eu nem queria estar sóbrio, pra ser sincero. Tá aí mais uma coisa que esperam dos mocinhos: que eles sejam positivos.

Eu até gostaria de ser de bem com a vida, se ela não fosse uma vadia maldita.

Pra começar o motivo de eu estar aqui nem sequer é minha culpa. Eu estava bebendo na entrada de uma balada, quando começou uma briga. Um dos caras derrubou minha bebida e quando eu reclamei, ele simplesmente me deu um fodido de um soco! Eu fiquei muito puto e revidei o desgraçado. Tudo cresceu, perdendo o controle e mais pessoas entraram na briga. Foi quando a polícia apareceu e adivinha quem se ferrou? Exatamente. Eu, porra!

— "Não colaborou com os guardas" — resmungo, quase rindo em meio ao tom de sarcasmo. — Se sua definição de "não colaborar" é explicar que eu sou inocente, então eu não colaborei mesmo, senhor policial — digo com claro escárnio no tom.

Mil Tsurus • JJK + PJMOnde as histórias ganham vida. Descobre agora