[15] Cranberry

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Tá servida a janta, galera, bora comer!

Tá servida a janta, galera, bora comer!

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 #APorraDoFioVermelho

🛹

O trabalho no laboratório não é pesado, porque eu ainda estou no que eles consideram uma fase de treinamento; aprendendo com outros colegas e fazendo tudo junto deles mais sobre controle de qualidade, área a qual quero me especializar. No mais, o ambiente é divertido e calmo. O chefe de pesquisa é super de boa e muito apaixonado pelo o que faz. Somando com a vasta experiência que ele tem, não consigo evitar de me sentir empolgado e inspirado pelo o que fazemos aqui.

Eu saio às três da tarde, o que me garante pelo menos três horas livres todos os dias antes de ir para a faculdade. normalmente ou só aproveito o tempo para ir para algum local de estudo adiantar algum trabalho ou relatório, já que voltar para casa seria uma viagem perdida. E hoje meus planos continuam os mesmos, estou conferindo minhas tarefas pendentes no celular, quando o som de uma buzina por perto me faz parar na calçada. Procuro a origem com o olhar e é Jimin em uma Ferrari vermelha sorrindo para mim por trás da armação preta dos óculos escuros que ele usa.

— Olha se não é o meu químico favorito? — Ele sorri.

— Você tem uma lista de químicos que gosta?

— Não, mas se tivesse você estaria no topo, sem dúvidas. Quer uma carona?

Olho em volta, percebendo como ele chama atenção de todos.

— Você não está muito fora do seu caminho, não?

— Tive uma reunião aqui perto e decidi passar pra ver um amigo. — Não sei se gosto da ênfase que ele dá na última palavra. — Trouxe bolo daquele lugar que você gosta.

Não preciso ouvir mais nada. Em um nanosegundo eu já estou dentro do carro. A música pop que toca na rádio é abafada pelo ronco do motor e eu preciso conter a animação que me vem ao pensar em como seria se ele acelerasse a toda velocidade.

— Você gosta muito de carros, não é? Tem vários modelos.

— São carros por assinatura, quase como um aluguél. Por isso estou sempre trocando. — Ele explica. — E para ser sincero, eu não tinha uma boa relação com carros até pouco tempo. Na semana que decidi voltar a dirigir, foi o dia que quase atropelei você.

— Que azar...

— Para mim, foi muita sorte. — Ele não poupa o sorriso ao dizer isso – Já almoçou? Tem um restaurante aqui perto, se quiser.

Fico tenso com sua proposta instantaneamente. Não quero cometer os mesmos erros de antes, ou dar a ele falsas esperanças de qualquer coisa que seja, já que fui eu que terminei antes de começar. Não seria certo, até um babaca como eu tenho consciência. E eu não tenho confiança de que consigo resistir a ele, sendo sincero.

Mil Tsurus • JJK + PJMOnde as histórias ganham vida. Descobre agora