[EM ANDAMENTO] [NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DESSA OBRA]
Jeon Jungkook nasceu com um dom que odeia: ele consegue ver quando duas pessoas são almas gêmeas por causa do fio vermelho do destino que as conecta. Esse fio vermelho foi responsável por destruir o...
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#APorraDoFioVermelho
🛹
— Jungkook, eu já estou saindo, ok? — Minha mãe avisa da cozinha.
Hoje é domingo e eu estou tentando finalizar alguns relatórios e seminários que tenho para a faculdade. Passei tanto tempo sentado na mesma posição, que meus pés ficaram dormentes.
— Vai trabalhar hoje? — pergunto já de pé, esticando os braços pra alongar a coluna, enquanto observo ela terminar de arrumar sua bolsa da porta do meu quarto.
Ela está usando roupas comuns; legging até o joelho, camisa rosa e tênis branco; com um coque abaixo das orelhas.
— Vou fazer um serviço extra hoje. Na casa de um empresário lá na região de Gangnam.
— Longe assim? Por quê?
— Bom, vai pagar bem e o dinheiro sempre é bem-vindo. Foi o amigo dele que me contratou, disse que o dono do apartamento está doente, deprimido, sabe? Então, eu acabei me oferecendo para ajudar. — Ela sorri fraco. — É bom poder ajudar alguém nessa situação, depois de ter passado o mesmo. Estou pensando em deixar comida pronta também.
— Você vai receber por isso também?
— Não, mas-
— Jeon Hiora...
— Será uma gentileza.
Respiro fundo quando percebo que ela está determinada e que não adianta argumentar qualquer coisa sobre valorizar a si mesma e seu trabalho agora.
— Ok. Mas peça um Uber na volta. É longe demais pra pegar condução. — Desvio o olhar. — Me liga que eu te espero na esquina.
Ela sorri, como se minha preocupação a fizesse imensamente feliz, pega duas chaves e se despede uma última vez antes de sair. Ficamos eu e Bituca no apartamento, embora ela esteja dormindo tão profundamente que é como se eu estivesse sozinho no fim das contas. Sentado novamente em minha escrivaninha, eu encaro meu celular ao lado.
Faz cerca de uma semana desde que eu e Jimin nos falamos e desde então ele não entrou mais em contato. Ele não respondeu às minhas mensagens, tão pouco apareceu na porta do meu estágio ou da minha faculdade, como sempre fazia. Quando a falta de resposta superou a marca de três dias, a minha conclusão foi o óbvio, é claro. Fizemos sexo mais de uma vez desde que nos conhecemos, então o que mais eu poderia oferecer a essa altura? Não que eu me importe, porque sempre estou preparado para esse tipo de situação, mas confesso que sinto raiva de mim mesmo por ter pensado que seria diferente dessa vez. Por isso, tenho direcionado todos meus pensamentos e esforços para as pesquisas, relatórios e artigos que preciso fazer. Focar em mim no meu futuro, no meu curso e carreira, já que no fim eu sou sempre tudo o que me resta.
