[EM ANDAMENTO] [NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DESSA OBRA]
Jeon Jungkook nasceu com um dom que odeia: ele consegue ver quando duas pessoas são almas gêmeas por causa do fio vermelho do destino que as conecta. Esse fio vermelho foi responsável por destruir o...
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#APorraDoFioVermelho
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Ultimamente eu tenho passado mais tempo na casa de Jimin do que na minha. Isso porque — e eu admito isso com muita vergonha de mim mesmo — estou achando incrível ter um namorado. Sentir a falta dele, fazer coisas juntos, até mesmo não fazer nada juntos. Me sinto meio idiota e bobo as vezes, mas até isso eu tenho gostado. Acho que nunca me passou pela cabeça a possibilidade de estar em um relacionamento, um de verdade, sem me sentir ansioso ou amargo. Apenas ser vulnerável, aberto e ridiculamente feliz.
Jimin finalmente voltou a dirigir. Ele sempre diz que é pra esses tipos de coisas que namorados servem, embora eu ache que é só uma desculpa dele para ficar mais tempo comigo. Mas não irei reclamar, não mais. Talvez nunca mais.
Chegamos em minha faculdade e ele estaciona o carro com meu lado virado para a calçada. Algo que eu não teria notado, se ele não fizesse uma volta desnecessária todas as vezes só para isso.
— Amor, tem duas coisas que eu queria conversar com você.
Ele agora me dá todo o tipo de apelidos. Só essa semana eu já fui moreno, príncipe, anjo, querido, Jung, benzinho, lindo, meu bem, meu doce, vida, paixão, mô, mozão, amor e raio de sol — nesse último, ele mesmo precisou concordar que forçou a barra. E eu até tento fazer o mesmo, mas não sou muito bom nisso.
— Diga, meu... hm... lipidiozinho...?
— Hã?
— Nada. — Viro o rosto para o outro lado, sentindo uma vergonha desgraçada. — Continua.
— Certo, hm... Então. Primeiro, lembra do problema com os estagiários?
Concordo com a cabeça, murmurando um uhum, ainda meio sem graça para encará-lo. Jimin passou os últimos dias quase arrancando os cabelos por causa disso.
— Então, eu e Seokjin pensamos em uma solução temporária.
— E qual seria? — pergunto me virando para ele, finalmente.
— São só dois rapazes, então a gente pensou em cada um de nós hospedar um deles. — Ele me olha com apreensão nítida. — Mas é só temporário, até acharmos o lugar onde eles ficarão. Ou eu posso deixar meu apartamento para os dois e ficar com o Seokjin esse tempinho. O que você acha?
A princípio, só há silêncio, enquanto eu o encaro.
— Acho... gentil? — Pisco mais vezes que o normal. — Não entendi em que minha opinião ajudaria.
— Bem, queria saber como se sente sobre isso. — Ele sorri com a ansiedade exalando pelos poros.
— Mas... é sua casa e eu não... Desculpa, eu não estou entendendo. — Coço a cabeça, sem jeito.
