[7] Pomegranate

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EU ESQUECI DE POSTAR, PERDÃO! Fiquei entretida com um desenho  que eu estava fazendo. Entrei em hyperfoco por 8 horas seguidas... kk

#APorraDoFioVermelho

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#APorraDoFioVermelho

🛹

Uma melodia caótica toca no fundo da minha mente, como um eco distante em uma caverna muito profunda. Cada vez que eu me aproximo do fundo, o som ganha mais força, reverberando com fortes vibrações que quase parecem palpáveis. Meu despertador toca American Idiot da Green Day, anunciando que eu estou perto de me atrasar pro trabalho.

— Porra... — xingo, desligando a música e rolando pra fora da cama e das cobertas às pressas.

Corro pro banheiro a fim de escovar os dentes e lavar o rosto numa velocidade que faria o som e a luz comerem poeira. Enquanto faço isso — esfregar a escova nos dentes incessantemente —, confiro no espelho como verdadeiramente estou agora. E eu até que não tô tão ruim como eu imaginava que estava, porque eu muito pior! Se eu acreditasse em Céu e Inferno, poderia dizer que até mesmo o capeta teria pena da minha cara agora.

Termino de escovar os dentes e lavo o rosto em seguida, tudo com muita raiva — meu humor, completamente arruinado. Volto pro meu quarto, direto no guarda-roupa e, em meio ao caos de roupas desdobradas, viradas do avesso e emboladas, eu procuro a porcaria de uma camisa ou blusa de gola alta pra tentar esconder um pouco da merda que aquele playboyzinho causou no meu pescoço.

— Aquele cretino de merda! Nossa, se eu vejo ele na minha frente...

Xingo Park Jimin, enquanto tento vestir a blusa de manga comprida e a calça jeans clara ao mesmo tempo — habilidade essa que, certamente, me renderia uma ótima posição em alguma categoria maluca do Guinness World Records. Volto pro banheiro com a ideia de melhorar minhas olheiras com corretivo, mas descubro que o dito acabou.

— Maldito Jimin e maldito universo também!

E lá se vai eu correndo pra fora do quarto. Encontro minha mãe com o uniforme do trabalho dela — um conjunto azul royal com os dizeres "Limpeza" em amarelo na parte de trás.

— Tem trabalho hoje? — pergunto, ganhando sua atenção.

Minha mãe trabalha como faxineira para uma prestadora de serviços terceirizados, o que significa que ela nunca está por muito tempo no mesmo lugar e também que nem sempre ela tem trabalho garantido pra um mês inteiro. Daí a necessidade de eu estar trabalhando também.

— Acho que terei trabalho o resto do ano. A prestadora foi chamada para um teste e, se tudo correr bem, nos manterão até o fim do ano. O salário vai ser ótimo e poderemos almoçar no refeitório de lá. — Ela parece animada ao dizer, sorrindo com os lábios contra a caneca transparente cheia de chá cidreira. — Vamos ganhar uniformes novos também.

Mil Tsurus • JJK + PJMOnde as histórias ganham vida. Descobre agora