[16] Cardinal

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OLHAAAA A JANTAAAAA!

 #APorraDoFioVermelho

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 #APorraDoFioVermelho

🛹

É noite, então o lugar não tem muita movimentação de funcionários. Ainda assim, sinto como se milhares de olhos estivessem sobre mim no minuto em que piso no saguão. Jimin cumprimenta a todos e faz questão de me apresentar sempre que possível. É uma atitude educada da parte dele, mas não paro de pensar que, se eu fosse um de seus funcionários, com certeza pensaria que o garoto maltrapilho seguindo o chefe supremo deles só pode estar perdido, porque a imagem de nós dois um do lado do outro é muito destoante.

No elevador, Jimin parece animado com nossa programação, enquanto eu encaro nossos reflexos na parede metálica. Não apenas a aparência, mas toda nossa personalidade é inteiramente contrastante. Jimin é iluminado, sorridente, elegante, simpático e falante. E eu... Por mais que as palavras dos meus amigos façam sentido na teoria, na prática, não tem o menor cabimento. Isso porque eu não consigo entender o que porras esse homem viu em mim. Em um filme ou livro de romance, é comum que o contrário aconteça, não é? Que o protagonista sombrio se encante perdidamente pelo personagem fofo e radiante. E nos casos em que acontece o contrário, é porque o cara sombrio salvou o mocinho gentil de algo. Mas eu não me encaixo nem mesmo nessa segunda categoria, porque sou a pessoa mais covarde que conheço. Jimin, por outro lado, pegou todas as qualidades de um herói para si. É como se a Chapeuzinho-Vermelho tivesse se apaixonado pelo Lobo — pior, um personagem menos relevante que o Lobo.

O prédio tem 25 andares no total e o andar de Jimin é o último. Quando as portas se abrem, chegamos a um saguão menor que dá de frente para uma mesa de recepção vazia, onde, segundo Jimin, fica a secretária geral.

— Pensei que Lisa fosse sua secretária.

— Ela é minha assistente pessoal — ele diz calmamente. — Ganha mais para ter que me suportar todos os dias, praticamente toda hora. Por aqui.

Jimin me conduz até o corredor esquerdo da recepção. Nessa parte há apenas uma porta preta. Ele a abre, revelando o escritório escuro. Mas quando acende as luzes principais e auxiliares, revela um lugar espaçoso de paredes neutras e piso de mármore preto com detalhes branco. No centro há dois sofás de couro, um de frente para o outro, com uma mesa de centro de vidro retangular os separando; nas extremidades da sala, há estantes de livros e arquivos e, na ponta oposta à porta, está a sua mesa. A mesa de Jimin é espaçosa, mas está abarrotada de papéis, e também um computador com dois monitores dispostos um ao lado do outro. Atrás da cadeira de couro, há a vista do lado de fora que mostra toda a cidade.

— Ricos têm uma mania de janela... — murmuro, ouvindo Jimin ri logo à frente.

Ele vai até um aparador perto das estantes, onde fica uma cafeteira e biscoitos. Me pergunta o que quero beber — as opções são chá, café, chocolate e cappuccino. Peço o chocolate. A pedido dele, eu me sento em um dos sofás, ainda olhando em volta sem saber se me sinto impressionado ou assombrado. Jimin volta minutos antes com uma xícara com chocolate e sachês de açúcar.

Mil Tsurus • JJK + PJMOnde as histórias ganham vida. Descobre agora